O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (1º de julho de 2024) que quem realmente quer a autonomia do Banco Central (BC) é o mercado financeiro. Em entrevista à rádio Princesa, de Feira de Santana (BA), o petista voltou a criticar a taxa Selic, que considera “exagerada”, e a autonomia da autoridade monetária. Apesar das críticas, Lula afastou a possibilidade de mudar a lei, afirmando que terá paciência para indicar seu nome para o BC até o fim deste ano.
Lula demonstra um claro desconhecimento sobre a importância da autonomia do Banco Central para a economia. Ao afirmar que “não é correto” estar há dois anos com um presidente do BC indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula ignora o fato de que a independência do BC é fundamental para garantir decisões técnicas e não políticas, essenciais para a estabilidade econômica do país. Essa crítica ao BC é, na verdade, uma tentativa velada de controlar uma instituição que deveria operar livre de influências políticas.
O presidente disse que a política monetária do BC não está “combinando” com o desejo dos brasileiros. “O que você não pode ter é um presidente do BC que não está combinando adequadamente com aquilo que é o desejo da nação. Nós não precisamos ter política de juros altos nesse momento. A taxa Selic em 10,5% tá exagerada, a inflação está controlada, nós acabamos de aprovar a manutenção da meta de 3% [de inflação]“, declarou. No entanto, Lula parece desconsiderar que o controle da inflação e a definição da taxa de juros são decisões técnicas baseadas em critérios econômicos e não em desejos populistas.
Lula menciona que, durante seu governo anterior, Henrique Meirelles teve total independência como presidente do BC, sugerindo que a autonomia funcional é possível sem a formalização de uma independência total do órgão. Contudo, ele não reconhece que a formalização da autonomia é uma evolução que protege a economia de interferências políticas prejudiciais. A tentativa de minar essa independência é, na verdade, uma estratégia para submeter o BC aos caprichos do governo.
Ao afirmar que o BC precisa “olhar o país do jeito que ele é e não do jeito que o sistema financeiro fala”, Lula ignora que a política monetária deve ser baseada em dados econômicos objetivos e não em percepções subjetivas. A crítica de que a taxa Selic está “exagerada” e que a política monetária do BC não está “combinando” com o desejo dos brasileiros revela uma perigosa tendência de politização das decisões econômicas.
A autonomia do Banco Central foi um tema de grande debate no Brasil, especialmente após a aprovação da lei que formalizou essa independência durante o governo Bolsonaro. A lei garante mandatos fixos para os diretores do BC, protegendo-os de pressões políticas imediatas. Contudo, Lula sugere que essa estrutura cria um descompasso entre as decisões do BC e as necessidades do país, apontando para uma possível revisão dessa autonomia no futuro. Tal posição mostra uma incompreensão dos benefícios de uma política monetária livre de influências políticas.
Lula destaca que o mandato do presidente do BC indicado por Bolsonaro é um fator complicador, mas afirma que terá paciência para fazer suas próprias indicações quando o momento for oportuno. Ele enfatiza a importância de ter um presidente do BC que compreenda e responda às reais necessidades do Brasil, sugerindo que as futuras indicações de seu governo buscarão essa sintonia. No entanto, essa fala reflete uma intenção clara de subordinar o BC aos interesses políticos do governo, o que pode trazer sérios prejuízos à economia.
A posição de Lula sobre o Banco Central e a política de juros pode gerar discussões acaloradas tanto no meio político quanto no mercado financeiro. Enquanto alguns argumentam que a independência do BC é crucial para a estabilidade econômica, Lula parece disposto a desconsiderar essa estabilidade em nome de uma agenda política que visa controlar as decisões da autoridade monetária. Essa postura, além de perigosa, demonstra um profundo desconhecimento sobre os princípios que regem uma economia saudável e equilibrada.
Herói sem capa: Policial enfrenta sozinho trio de criminosos que mantinham família refém e salva todos, (Veja o Vídeo)
Imagens de câmera de monitoramento mostram o momento em que um brigadiano sozinho salva um casal e uma criança feitos reféns durante assalto na noite de terça-feira (1º) em Estância Velha. O confronto aconteceu uma agropecuária na Rua Walter Klein, no bairro Bela Vista. Nas cenas, o policial militar aparece armado em uma área externa da agropecuária. Em seguida, dois criminosos saem segurando as vítimas, que são seguidas por um cordeiro. "Foi uma situação inédita para mim", diz policial que salvou família refém de assalto em agropecuária de Estância Velha Criminoso que morreu após ser baleado durante assalto com reféns em Estância Velha usava tornozeleira eletrônica No momento em que os criminosos se aproximam de um carro estacionado em frente ao local, o policial se distancia em meio à rua. Os criminosos tentam embarcar com os reféns, mas o agente dispara um tiro em direção ao carro. O delegado de Estância Velha, Rafael Sauthier, explica que uma policial teria chegado