Xuxa é condenada e desmoralizada em processo contra Zambelli

A apresentadora Xuxa Meneghel foi condenada a pagar uma indenização por danos morais à deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A decisão judicial estipula que Xuxa deve pagar uma multa de R$ 31,3 mil. Zambelli saiu vitoriosa no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) e também teve sucesso nos recursos apresentados por Xuxa, que chegaram ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). O caso atingiu o trânsito em julgado no dia 23 de fevereiro de 2024, significando que todas as possibilidades de recurso foram esgotadas e a decisão tornou-se definitiva. O processo originou-se de um vídeo publicado por Zambelli em julho de 2020, no qual a deputada critica o livro de Xuxa, “Maya: Bebê Arco-Íris”, que aborda a temática LGBTQIA+ e apresenta uma criança com duas mães.

No vídeo, Zambelli pede que as crianças sejam deixadas em paz e alerta que uma "teia de destruição de valores humanos" está sendo direcionada à mente das crianças. O julgamento envolvendo Xuxa Meneghel e Carla Zambelli traz à tona a complexidade das relações entre figuras públicas, liberdade de expressão e os limites da crítica. A condenação de Xuxa a pagar uma indenização por danos morais levanta questionamentos sobre suas ações e o impacto de suas declarações. Críticos apontam que Xuxa, ao reagir de maneira desproporcional às críticas feitas por Zambelli, ultrapassou os limites aceitáveis do discurso público, resultando em danos à reputação da deputada. Além disso, a defesa de Xuxa do livro "Maya: Bebê Arco-Íris" é vista como uma tentativa de impor uma agenda ideológica específica. A abordagem de Xuxa é considerada provocativa e insensível às crenças e valores de uma parte significativa da população brasileira. Ao defender de forma agressiva a inclusão de temas LGBTQIA+ no universo infantil, Xuxa não apenas alienou aqueles com opiniões contrárias, mas também reforçou divisões sociais, ao invés de promover um diálogo construtivo e respeitoso sobre a diversidade.