Na última semana, uma cena aparentemente trivial no Supremo Tribunal Federal (STF) capturou a atenção das redes sociais e gerou intensa discussão pública. A tradicional assistência dos assessores aos ministros para se sentarem antes das sessões de julgamento no plenário do STF se tornou o centro de um debate sobre etiqueta, tradição e percepção pública da Corte.
O incidente ocorreu em uma quarta-feira, dia 19 de junho de 2024, antes do início de um julgamento crucial sobre a reforma da Previdência. Como de costume, os assessores, conhecidos informalmente como "capinhas" devido ao uniforme que utilizam, posicionaram-se atrás das cadeiras dos ministros. Seu papel é ajudar os magistrados a se sentarem e se aproximarem da bancada do plenário, gesto que simboliza respeito e protocolo dentro do tribunal.
No entanto, uma particularidade chamou a atenção nesta ocasião: o ministro Alexandre de Moraes optou por dispensar a assistência, sentando-se sozinho em sua poltrona sem qualquer ajuda dos assessores. Esse gesto de autonomia contrastou com a prática observada nos demais ministros e não passou despercebido pelo público presente e, posteriormente, pelas plataformas de mídia social.
A repercussão do episódio foi imediata. Nas redes sociais, como X (ex-Twitter) e LinkedIn, bem como em outras plataformas digitais, o debate sobre a atitude de Moraes e a prática tradicional dos assessores se intensificou. Observadores políticos e jurídicos opinaram sobre a significância desse gesto em um momento de crescente polarização em relação ao STF.
Abriu vaga no STF de “assessor de puxar cadeira” para o cabeça de ovo, quem se habilita? pic.twitter.com/GqaVI6d24D
— advmoreira (@advmoreira_ue) June 22, 2024