A Procuradoria-Geral da República (PGR) ingressou com um recurso contra a polêmica decisão do ministro Dias Toffoli que anulou todos os atos da Operação Lava Jato e beneficiou o empresário Marcelo Odebrecht. No pedido de reconsideração, o procurador Paulo Gonet argumenta que a argumentação de parcialidade de Moro, usada em outros casos, não se aplica ao empresário.
Gonet ressalta que o acordo de colaboração premiada de Marcelo Odebrecht foi tramitado na Procuradoria-Geral da República, sob a supervisão do Supremo Tribunal Federal, e não na primeira instância. O responsável pelo acordo na época foi Rodrigo Janot, então titular do cargo. "Os termos desse acordo não foram declarados ilegais e foram homologados pelo Supremo Tribunal Federal, tudo sem nenhuma coordenação com a Justiça Federal do Paraná", afirma Gonet em sua manifestação.
Ele continua argumentando que estender a decisão para outros casos não é apropriado, pois cada caso é único e não se pode simplesmente replicar uma decisão para situações distintas. No caso específico de Marcelo Odebrecht, Gonet destaca que o empresário pediu apenas acesso a evidências de interesse de sua defesa em um processo criminal, sem necessariamente solicitar a anulação de provas da Lava Jato.
"A prática de crimes foi confessada e minudenciada pelos membros da sociedade empresária com a entrega de documentos comprobatórios. Tudo isso se efetuou na Procuradoria-Geral da República sob a supervisão final do Supremo Tribunal Federal", acrescenta o PGR.
O recurso da PGR visa reverter a decisão que gerou controvérsia e questionamentos sobre a validade dos processos conduzidos pela Operação Lava Jato. A anulação de todos os atos da operação, em decorrência da suposta parcialidade do ex-juiz Sergio Moro, tem sido objeto de intensos debates no cenário jurídico e político do país.
O apresentador Tiago Pavinatto, do programa Linha de Frente e Os Pingos nos Is, foi demitido da Jovem Pan nesta terça-feira (22). A demissão ocorreu após o advogado e comentarista político se recusar a pedir desculpas a um desembargador que foi chamado por ele de “vagabundo tarado”. Nesta segunda (21), Pavinatto comentou a decisão do desembargador Airton Vieira, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), de ter inocentado um acusado de estupro contra uma menina de 13 anos. Exaltado com a notícia, Pavinatto ofendeu o magistrado e, mesmo a emissora pedindo para que ele se desculpasse, o profissional se negou. – A direção da casa está pedindo uma retratação ao desembargador Airton Vieira e eu não vou fazer. E eu deixo claro aqui: eu não vou fazer uma retratação para uma pessoa que ganha dinheiro público, livra um pedófilo, e ainda chama a vítima, de 13 anos de idade, de vagabunda – declarou. E continuou: – Eu me nego a fazer. Estou sendo cobrado insistentemente a me retratar. Eu n