A crítica do jurista Ives Gandra Martins à concentração de poderes nas mãos dos presidentes do Legislativo e do Judiciário toca em um ponto crucial para a saúde da democracia brasileira. Ele questiona se é realmente benéfico para a democracia que a pauta de discussões no Senado, na Câmara e no Supremo Tribunal Federal (STF) dependa exclusivamente de seus presidentes. Essa concentração de poder, argumenta Martins, é desproporcional e injustificada.
Martins destaca que, em um sistema democrático com 513 deputados, 81 senadores e 11 ministros do STF, é problemático que apenas três indivíduos possam determinar quais matérias serão debatidas ou ignoradas. Isso cria uma dinâmica onde esses poucos detentores de poder podem, potencialmente, manipular a agenda legislativa e judicial de acordo com seus interesses pessoais ou partidários, em detrimento da vontade coletiva dos representantes eleitos e da população.
A preocupação de Martins é legítima, pois a concentração de poder em um número tão reduzido de pessoas pode levar à estagnação de importantes debates e à obstrução de processos legislativos e judiciais. Isso enfraquece a representatividade e pode distanciar o governo das necessidades e desejos do povo.
Essa forma de controle centralizado desafia o princípio democrático de que todos os representantes eleitos e ministros devem ter uma voz na determinação da agenda nacional. Para uma democracia plena e funcional, é fundamental que a tomada de decisões seja mais distribuída e participativa, evitando assim que o poder se concentre em poucos indivíduos.
A reflexão proposta por Martins é crucial para o futuro da democracia brasileira. É necessário discutir mecanismos que possam descentralizar esse poder, promovendo uma maior participação e equilíbrio entre os diferentes membros dos poderes Legislativo e Judiciário. Reformas nesse sentido poderiam incluir a revisão dos regimentos internos das casas legislativas e do STF, bem como a implementação de procedimentos mais democráticos para a definição das pautas de discussão.
Em suma, a crítica de Ives Gandra Martins sublinha a importância de garantir que a democracia brasileira seja verdadeiramente representativa e participativa, evitando a concentração de poder que pode comprometer a justiça e a eficácia do sistema democrático.
Herói sem capa: Policial enfrenta sozinho trio de criminosos que mantinham família refém e salva todos, (Veja o Vídeo)
Imagens de câmera de monitoramento mostram o momento em que um brigadiano sozinho salva um casal e uma criança feitos reféns durante assalto na noite de terça-feira (1º) em Estância Velha. O confronto aconteceu uma agropecuária na Rua Walter Klein, no bairro Bela Vista. Nas cenas, o policial militar aparece armado em uma área externa da agropecuária. Em seguida, dois criminosos saem segurando as vítimas, que são seguidas por um cordeiro. "Foi uma situação inédita para mim", diz policial que salvou família refém de assalto em agropecuária de Estância Velha Criminoso que morreu após ser baleado durante assalto com reféns em Estância Velha usava tornozeleira eletrônica No momento em que os criminosos se aproximam de um carro estacionado em frente ao local, o policial se distancia em meio à rua. Os criminosos tentam embarcar com os reféns, mas o agente dispara um tiro em direção ao carro. O delegado de Estância Velha, Rafael Sauthier, explica que uma policial teria chegado