Cobrança da ‘Taxa das blusinhas’ já tem data para começar

A iminente sanção da "taxa das blusinhas" pelo governo Lula, que implementará uma alíquota de 20% sobre compras internacionais de até US$ 50 ou R$ 250, tem gerado controvérsias e críticas. O projeto, parte do programa nacional Mobilidade Verde e Inovação (Mover), está programado para ser sancionado pelo presidente na próxima terça-feira (2). Embora o presidente Lula tenha expressado publicamente sua oposição à taxação de compras de pequeno valor, questionando a lógica de penalizar consumidores de baixa renda em vez de aqueles que gastam valores elevados em free shops, a sanção parece inevitável. Governistas indicam que o compromisso de sancionar a medida foi assumido pelo Planalto durante as negociações com o Congresso Nacional, conduzidas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Essa taxação, que começa a valer em julho, é vista por muitos como uma forma de penalizar os consumidores de menor poder aquisitivo, que recorrem a compras internacionais para obter produtos a preços mais acessíveis. A justificativa para essa medida, dentro do programa Mover, é financiar iniciativas de mobilidade verde e inovação, mas a decisão de taxar compras de pequeno valor é considerada injusta por diversos críticos. A crítica de Lula à medida aponta uma discordância interna no governo sobre a estratégia de arrecadação. No entanto, devido aos compromissos assumidos e a necessidade de implementar o programa, o veto presidencial é improvável. A introdução desta taxa pode ter impactos negativos sobre a popularidade do governo, especialmente entre as classes mais baixas, que sentirão diretamente o peso da nova tributação em suas compras. Essa situação exemplifica os desafios enfrentados pelo governo em equilibrar a necessidade de arrecadação com a manutenção do apoio popular, especialmente em um contexto econômico delicado. A repercussão da sanção da "taxa das blusinhas" e a resposta do público serão indicativos importantes do clima político e da satisfação popular com as políticas econômicas adotadas pelo governo Lula.