A atual situação fiscal do Brasil, conforme discutido por economistas durante o 2° Seminário de Análise Conjuntural organizado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV) e pelo jornal O Estado de São Paulo, apresenta desafios significativos para o retorno do país ao superávit primário.
Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do Ibre-FGV, destacou a dificuldade em controlar os gastos públicos e aumentar as receitas, especialmente devido ao aumento expressivo do déficit da Previdência, que subiu de cerca de R$ 100 bilhões há dez anos para mais de R$ 300 bilhões. Os desafios mencionados por Matos incluem complexidades econômicas e políticas que dificultam o controle dos gastos e a obtenção de novas receitas. Esse cenário se agrava com as demandas crescentes por aumento dos gastos públicos, especialmente relacionados à transferência de renda.
José Júlio Senna, chefe do Centro de Estudos Monetários do Ibre-FGV, acrescentou que o combate à inflação não pode ser uma responsabilidade exclusiva do Banco Central (BC). Ele enfatizou que os resultados seriam melhores se a política fiscal tivesse um direcionamento diferente. A política de gastos crescentes do governo e as incertezas quanto à nova composição da diretoria do BC, após a saída de Roberto Campos Neto em dezembro, limitam a capacidade do BC de controlar as expectativas de inflação.
O economista Armando Castelar destacou a importância de uma transição cuidadosa na presidência do BC, alertando para o risco de se criar uma situação complicada em que a indicação de um novo presidente possa estar condicionada à concordância com a redução dos juros, o que poderia afetar negativamente o controle da inflação.
Em resumo, o Brasil enfrenta um cenário fiscal desafiador, com dificuldades em equilibrar as contas públicas e controlar a inflação, exigindo uma abordagem cuidadosa e coordenada entre a política fiscal e monetária para enfrentar esses desafios.
O apresentador Tiago Pavinatto, do programa Linha de Frente e Os Pingos nos Is, foi demitido da Jovem Pan nesta terça-feira (22). A demissão ocorreu após o advogado e comentarista político se recusar a pedir desculpas a um desembargador que foi chamado por ele de “vagabundo tarado”. Nesta segunda (21), Pavinatto comentou a decisão do desembargador Airton Vieira, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), de ter inocentado um acusado de estupro contra uma menina de 13 anos. Exaltado com a notícia, Pavinatto ofendeu o magistrado e, mesmo a emissora pedindo para que ele se desculpasse, o profissional se negou. – A direção da casa está pedindo uma retratação ao desembargador Airton Vieira e eu não vou fazer. E eu deixo claro aqui: eu não vou fazer uma retratação para uma pessoa que ganha dinheiro público, livra um pedófilo, e ainda chama a vítima, de 13 anos de idade, de vagabunda – declarou. E continuou: – Eu me nego a fazer. Estou sendo cobrado insistentemente a me retratar. Eu n