"Aniquilado", Macron se desespera e convoca manifestação

A direita saiu como a grande vencedora do primeiro turno da eleição legislativa na França, numa eleição considerada histórica. As estimativas divulgadas neste domingo (30) apontam o Rassemblement National (RN) com 34% dos votos, contra 29,1% para a Nouveau Front Populaire (NFP), a coalizão de partidos e movimentos de esquerda. A coligação de Emmanuel Macron aparece com 22% dos votos.

A derrota de Macron é de grandes proporções. Para muitos, a atitude de dissolver a Assembleia Nacional, no início do mês, foi o grande "tiro no pé" do presidente francês. Agora, em um escancarado ato de desespero após ser "aniquilado", Macron pede uma ampla manifestação popular no segundo turno.O presidente francês pediu uma "grande manifestação democrata e republicana" com o objetivo de evitar que o RN consiga a maioria e escolha um primeiro-ministro. No entanto, a esquerda parece não ter mais para onde correr.

A vitória da direita reflete um descontentamento crescente com a administração de Macron e uma rejeição das políticas progressistas defendidas pela coligação de esquerda. A ascensão do RN é vista como uma mudança significativa no cenário político francês, marcando uma virada à direita que pode ter consequências duradouras. O apelo de Macron por uma mobilização popular é uma tentativa desesperada de impedir que o RN assuma o controle do governo, mas muitos analistas acreditam que será difícil reverter o impulso da direita.

O resultado do segundo turno será crucial para definir a direção futura da França, mas a vitória da direita no primeiro turno já é um sinal claro de que os eleitores estão buscando uma mudança. Com a ascensão da direita, a França enfrenta um período de incerteza política. O RN, liderado por Marine Le Pen, promete uma abordagem mais conservadora e nacionalista, o que pode alterar significativamente as políticas internas e externas do país. A derrota de Macron e da esquerda no primeiro turno mostra uma insatisfação popular que não pode ser ignorada.