A decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), de reavivar um projeto de lei que busca invalidar delações feitas por réus presos tem gerado controvérsia e debate intenso no cenário político.
Originalmente proposto em 2016 pelo ex-deputado Wadih Damous (PT-RJ), o projeto visava anular delações de empreiteiros presos no âmbito da Operação Lava-Jato, que implicavam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Agora, o foco da medida parece ter mudado, com o principal beneficiário potencial sendo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O projeto ressurgiu num contexto em que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, fez delações que envolvem o ex-presidente em várias investigações conduzidas pela Polícia Federal. Entre as acusações estão a participação em uma suposta tentativa de golpe, falsificação de cartões de vacina e desvio de joias da Presidência.
Na quarta-feira, Lira incluiu um requerimento de urgência na pauta para retomar a tramitação do projeto de Damous, pegando muitos deputados de surpresa, especialmente os do PT, que agora se veem numa posição paradoxal, considerando que originalmente apoiavam a proposta.
Lira, em uma conversa informal no café da Câmara, ironizou o apelo dos petistas que pediram o adiamento da votação, destacando a mudança de posição deles sobre o projeto.
Esta manobra legislativa, se bem-sucedida, poderia ter implicações significativas para o andamento de investigações e processos envolvendo figuras políticas de destaque. O desenrolar desta situação será crucial para entender o impacto que pode ter tanto no cenário político atual quanto no futuro legal dos envolvidos.
O apresentador Tiago Pavinatto, do programa Linha de Frente e Os Pingos nos Is, foi demitido da Jovem Pan nesta terça-feira (22). A demissão ocorreu após o advogado e comentarista político se recusar a pedir desculpas a um desembargador que foi chamado por ele de “vagabundo tarado”. Nesta segunda (21), Pavinatto comentou a decisão do desembargador Airton Vieira, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), de ter inocentado um acusado de estupro contra uma menina de 13 anos. Exaltado com a notícia, Pavinatto ofendeu o magistrado e, mesmo a emissora pedindo para que ele se desculpasse, o profissional se negou. – A direção da casa está pedindo uma retratação ao desembargador Airton Vieira e eu não vou fazer. E eu deixo claro aqui: eu não vou fazer uma retratação para uma pessoa que ganha dinheiro público, livra um pedófilo, e ainda chama a vítima, de 13 anos de idade, de vagabunda – declarou. E continuou: – Eu me nego a fazer. Estou sendo cobrado insistentemente a me retratar. Eu n