Durante uma audiência pública na Câmara dos Deputados, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez declarações contundentes, afirmando que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva herdou um problema fiscal gigantesco do mandato anterior de Jair Bolsonaro. O déficit, estimado entre R$ 250 a R$ 300 bilhões, foi resultado de despesas contratadas sem receitas suficientes, deixando um rombo inicial de R$ 62 bilhões.
Segundo Haddad, a equipe de transição teve que solicitar a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que flexibilizou o teto de gastos, liberando R$ 145 bilhões, antes mesmo do novo governo iniciar. Essa medida foi considerada necessária para cumprir as primeiras promessas de campanha e lidar com as contas desajustadas deixadas pelo governo anterior.
Os economistas da equipe de transição já haviam previsto esse "problema fiscal" e se depararam com uma situação desafiadora. Optou-se por cortar gastos tributários considerados desnecessários do ponto de vista social, em vez de aumentar a carga tributária, que já havia crescido significativamente desde 1964. O chamado "gasto tributário" de não pagamento de tributos aumentou de 2% para 6% do PIB em duas décadas.
Durante a audiência, Haddad também abordou críticas sobre o desempenho da economia, destacando que a inflação está controlada e que a política de juros está restritiva.
Ele expressou confiança na recuperação econômica e na possibilidade de encerrar o ano com as contas equilibradas. Além disso, anunciou uma reunião com representantes da agência de classificação de risco S&P para discutir as expectativas da política econômica brasileira e buscar uma melhora na nota de crédito do país.
A declaração de Fernando Haddad na Câmara dos Deputados evidencia a tentativa do atual governo de Lula de atribuir os problemas fiscais exclusivamente ao mandato anterior de Jair Bolsonaro. No entanto, essa postura parece mais uma manobra política para desviar a atenção da própria ineficiência do governo atual.
Haddad, ao invés de apresentar soluções inovadoras e eficazes, recorre a desculpas, mostrando falta de competência e liderança para enfrentar os desafios econômicos do país. A flexibilização do teto de gastos, que deveria ser uma medida emergencial, foi usada como justificativa para cobrir um rombo que não foi totalmente responsabilidade do governo anterior, mas sim uma consequência da gestão desorganizada e das promessas populistas do governo atual.
Além disso, a crítica de Haddad aos gastos tributários ignora a complexidade da questão. A decisão de cortar esses gastos sem considerar seus impactos sociais e econômicos demonstra uma visão limitada e uma falta de planejamento estratégico. A política de manutenção de juros altos, que Haddad justifica como controle da inflação, na verdade, impede o crescimento econômico e prejudica o desenvolvimento do setor produtivo.
A reunião com a agência S&P para discutir a nota de crédito do país é apenas uma tentativa de remediar a percepção negativa do mercado sobre a economia brasileira, que é, em grande parte, resultado das políticas mal conduzidas e da falta de confiança gerada pela gestão atual.
O apresentador Tiago Pavinatto, do programa Linha de Frente e Os Pingos nos Is, foi demitido da Jovem Pan nesta terça-feira (22). A demissão ocorreu após o advogado e comentarista político se recusar a pedir desculpas a um desembargador que foi chamado por ele de “vagabundo tarado”. Nesta segunda (21), Pavinatto comentou a decisão do desembargador Airton Vieira, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), de ter inocentado um acusado de estupro contra uma menina de 13 anos. Exaltado com a notícia, Pavinatto ofendeu o magistrado e, mesmo a emissora pedindo para que ele se desculpasse, o profissional se negou. – A direção da casa está pedindo uma retratação ao desembargador Airton Vieira e eu não vou fazer. E eu deixo claro aqui: eu não vou fazer uma retratação para uma pessoa que ganha dinheiro público, livra um pedófilo, e ainda chama a vítima, de 13 anos de idade, de vagabunda – declarou. E continuou: – Eu me nego a fazer. Estou sendo cobrado insistentemente a me retratar. Eu n