Em uma reunião fechada no dia 20, o papa Francisco teria comentado que “já existe viadagem demais” em seminários, conforme relatado pela imprensa italiana nesta segunda-feira (27). O pontífice fez essa observação enquanto pedia que bispos italianos não aceitassem padres abertamente gays.
Os jornais La Repubblica e Corriere della Sera relataram que Francisco usou a palavra "frociaggine," que em italiano pode ser traduzida como "viadagem" ou "bichice." Esta expressão é considerada depreciativa em relação à comunidade LGBT. No entanto, alguns bispos não identificados sugeriram que Francisco, sendo argentino, pode não ter percebido que o termo italiano utilizado era ofensivo.
A situação gerou uma onda de reações e críticas, destacando a necessidade de uma linguagem mais inclusiva e respeitosa, especialmente vindo de figuras de alta autoridade e influência. Esse episódio também levanta questões sobre a abordagem da Igreja Católica em relação à diversidade e à inclusão dentro de suas próprias instituições.
O comentário do papa Francisco causou um alvoroço nas redes sociais e entre ativistas da comunidade LGBT, que criticaram a escolha de palavras do pontífice. Para muitos, o uso de um termo pejorativo por um líder religioso de tão alta estatura é inaceitável e reforça preconceitos.
Organizações de direitos humanos e defensores da diversidade sexual apontaram que, independentemente da nacionalidade ou do contexto cultural, é imperativo que figuras públicas evitem linguagem que possa ser interpretada como ofensiva ou discriminatória.
Em resposta às críticas, o Vaticano emitiu um comunicado tentando amenizar a situação, explicando que as palavras do papa foram mal interpretadas e que Francisco sempre pregou o respeito e a inclusão de todos, independentemente de sua orientação sexual. O comunicado destacou os esforços do papa em promover uma Igreja mais acolhedora e aberta, mencionando suas declarações anteriores sobre a necessidade de acolher pessoas LGBT com respeito e compaixão.
Esse incidente destaca a tensão contínua dentro da Igreja Católica sobre questões de sexualidade e inclusão. Enquanto alguns setores da Igreja defendem uma postura mais conservadora e tradicional, outros clamam por uma abordagem mais progressista e inclusiva. A controvérsia também coloca em evidência o desafio de comunicar e implementar mudanças institucionais em uma organização global com uma vasta diversidade de culturas e perspectivas.
O apresentador Tiago Pavinatto, do programa Linha de Frente e Os Pingos nos Is, foi demitido da Jovem Pan nesta terça-feira (22). A demissão ocorreu após o advogado e comentarista político se recusar a pedir desculpas a um desembargador que foi chamado por ele de “vagabundo tarado”. Nesta segunda (21), Pavinatto comentou a decisão do desembargador Airton Vieira, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), de ter inocentado um acusado de estupro contra uma menina de 13 anos. Exaltado com a notícia, Pavinatto ofendeu o magistrado e, mesmo a emissora pedindo para que ele se desculpasse, o profissional se negou. – A direção da casa está pedindo uma retratação ao desembargador Airton Vieira e eu não vou fazer. E eu deixo claro aqui: eu não vou fazer uma retratação para uma pessoa que ganha dinheiro público, livra um pedófilo, e ainda chama a vítima, de 13 anos de idade, de vagabunda – declarou. E continuou: – Eu me nego a fazer. Estou sendo cobrado insistentemente a me retratar. Eu n