O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ironizou uma declaração antiga do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nesta quarta-feira. Eduardo havia afirmado que seriam necessários “um soldado e um cabo” para fechar o STF. No entanto, segundo Moraes, o “cabo, o soldado e o coronel” estão atualmente presos, enquanto o STF continua funcionando.
Essa declaração ocorreu durante um seminário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), presidido por Moraes, que abordava temas como inteligência artificial, democracia e eleições. Embora não tenha mencionado Eduardo diretamente, o ministro destacou que “todos se recordam” da fala gravada em 2018. Ele também fez referência aos ataques ocorridos em 8 de janeiro e às investigações envolvendo militares.
— Todos se recordam que bastava um cabo e um soldado para fechar o Supremo Tribunal Federal. O cabo, o soldado, o coronel, estão todos presos. E o Supremo Tribunal Federal aberto, e funcionando. Mas se disse que bastaria um cabo e um soldado — declarou Moraes. A fala original de Eduardo Bolsonaro aconteceu em julho de 2018, durante um curso para interessados em concursos públicos.
Questionado sobre uma possível ação do STF para impedir a posse de seu pai, Jair Bolsonaro, que concorria à Presidência pela primeira vez, o deputado respondeu com a polêmica frase: “Será que eles vão ter essa força mesmo? O pessoal até brinca lá: se quiser fechar o STF, você sabe o que faz? Você não manda nem um jipe. Manda um soldado e um cabo.”
O vídeo ganhou destaque pouco antes do segundo turno das eleições daquele ano, e Eduardo posteriormente afirmou que se tratava de uma “brincadeira” e que nunca defendeu o fechamento do STF.
O apresentador Tiago Pavinatto, do programa Linha de Frente e Os Pingos nos Is, foi demitido da Jovem Pan nesta terça-feira (22). A demissão ocorreu após o advogado e comentarista político se recusar a pedir desculpas a um desembargador que foi chamado por ele de “vagabundo tarado”. Nesta segunda (21), Pavinatto comentou a decisão do desembargador Airton Vieira, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), de ter inocentado um acusado de estupro contra uma menina de 13 anos. Exaltado com a notícia, Pavinatto ofendeu o magistrado e, mesmo a emissora pedindo para que ele se desculpasse, o profissional se negou. – A direção da casa está pedindo uma retratação ao desembargador Airton Vieira e eu não vou fazer. E eu deixo claro aqui: eu não vou fazer uma retratação para uma pessoa que ganha dinheiro público, livra um pedófilo, e ainda chama a vítima, de 13 anos de idade, de vagabunda – declarou. E continuou: – Eu me nego a fazer. Estou sendo cobrado insistentemente a me retratar. Eu n