Durante uma audiência pública na Comissão de Segurança Pública do Senado, o senador Rogério Marinho expôs sua opinião sobre a censura e perseguição política em curso, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Seu discurso veio à tona enquanto ouvia o jornalista português Sérgio Tavares, que relatou sua detenção ilegal pela Polícia Federal ao cobrir uma manifestação em São Paulo.
Marinho destacou a preocupação dos grandes promotores da censura e da perseguição política, apontando para a questão do monopólio da narrativa e da comunicação detido por certos conglomerados de mídia. Ele enfatizou que o surgimento das redes sociais permitiu aos cidadãos uma maior capacidade de expressão e exposição da realidade, desafiando o domínio monopolista da informação.
O senador ressaltou que a democratização do acesso às redes sociais tem exposto as tentativas dos detentores do poder estabelecido de controlar a narrativa pública. Ele destacou que, mesmo quando esses conglomerados tentam impor uma narrativa específica, as redes sociais revelam uma realidade diferente, o que tem sido um incômodo para eles.
Além disso, Marinho criticou a reação dos conglomerados de mídia diante dessa mudança de paradigma, observando que têm tentado impor censura generalizada e perseguir seus concorrentes e opositores. Ele apontou para a legislação em debate no Brasil, como o Projeto de Lei 2630 e a ação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que permitem a retirada de conteúdos considerados prejudiciais sem provocação judicial.
O senador também mencionou a criação de órgãos pelo governo federal para perseguir e censurar seus críticos, ilustrando a preocupação com a tentativa de manter o controle sobre a narrativa pública.
Marinho alertou para o papel contraditório da velha imprensa brasileira, que, segundo ele, tenta fingir reprovar a censura enquanto justifica as perseguições. Ele criticou o que chamou de "contorcionismo verbal, filosófico e moral" adotado por alguns jornais importantes, que parecem tentar equilibrar uma crítica ao Supremo Tribunal Federal com a justificação das ações tomadas anteriormente.
Finalizando seu discurso, o senador enfatizou a importância de chamar as coisas pelo nome e denunciar aqueles que, em nome da democracia, violam os princípios democráticos. Ele destacou a necessidade de uma imprensa livre e responsável, que não apenas informe, mas também defenda os valores democráticos e o estado de direito.
O posicionamento contundente do senador Rogério Marinho ressalta a complexidade e gravidade da situação atual, onde questões como liberdade de expressão, censura e perseguição política estão em jogo. O debate sobre essas questões continuará a dominar o cenário político e midiático, com implicações de longo alcance para a democracia e a sociedade como um todo.
O apresentador Tiago Pavinatto, do programa Linha de Frente e Os Pingos nos Is, foi demitido da Jovem Pan nesta terça-feira (22). A demissão ocorreu após o advogado e comentarista político se recusar a pedir desculpas a um desembargador que foi chamado por ele de “vagabundo tarado”. Nesta segunda (21), Pavinatto comentou a decisão do desembargador Airton Vieira, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), de ter inocentado um acusado de estupro contra uma menina de 13 anos. Exaltado com a notícia, Pavinatto ofendeu o magistrado e, mesmo a emissora pedindo para que ele se desculpasse, o profissional se negou. – A direção da casa está pedindo uma retratação ao desembargador Airton Vieira e eu não vou fazer. E eu deixo claro aqui: eu não vou fazer uma retratação para uma pessoa que ganha dinheiro público, livra um pedófilo, e ainda chama a vítima, de 13 anos de idade, de vagabunda – declarou. E continuou: – Eu me nego a fazer. Estou sendo cobrado insistentemente a me retratar. Eu n