As tensões entre Brasil e Estados Unidos intensificaram-se recentemente quando o governo americano recusou-se a fornecer ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, informações sobre as atividades de Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro, nos Estados Unidos.
De acordo com informações do Poder360, o Departamento de Estado dos EUA instruiu as autoridades brasileiras a utilizarem os canais habituais de cooperação internacional, encaminhando quaisquer solicitações por meio do Ministério da Justiça e Segurança Pública do Brasil.
Essa negativa ocorreu depois que o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, contatou os Estados Unidos a pedido da Procuradoria Geral da República para investigar a possível presença de Martins em Orlando no fim de 2022.
No entanto, as autoridades americanas esclareceram que não poderiam fornecer essas informações sem a autorização dos indivíduos envolvidos.
Em paralelo aos desafios internacionais, Moraes também encontrou dificuldades em nível nacional. Ele requisitou à Força Aérea Brasileira imagens de uma comitiva presidencial partindo em 30 de dezembro de 2022, mas foi informado que o local de embarque das autoridades não possui câmeras de segurança.
A Procuradoria Geral da República tem agora um prazo de cinco dias para deliberar sobre a situação de Martins, que, segundo a Polícia Federal, viajou para Orlando. Entretanto, há uma discrepância nos registros que sugerem que Martins pode não ter saído do Brasil, uma vez que não há registros de sua entrada em Orlando pela alfândega e sua defesa afirmou que ele voou de Brasília para Curitiba no dia 31 de dezembro, viagem confirmada pela Latam.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...