Levante contra Moraes chega na velha mídia de forma inédita

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) celebrou a repercussão internacional das denúncias feitas pelo empresário Elon Musk, dono da rede social X (antigo Twitter), sobre supostas ilegalidades em decisões do Judiciário brasileiro que afetaram sua empresa. Girão acusou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de desrespeitar a Constituição, praticar censura e tentar ocultar medidas judiciais que obrigaram o X a restringir conteúdos da rede.

Em declarações à imprensa, Girão destacou o impacto das denúncias, observando que até mesmo o Wall Street Journal noticiou sobre a censura no Brasil. Ele ressaltou que três grandes jornais brasileiros, que anteriormente estavam em silêncio sobre o assunto, decidiram se manifestar em editoriais neste final de semana, criticando a atuação do Judiciário. Os jornais citados foram a Folha de S. Paulo, o Estado de S. Paulo e O Globo. O senador elogiou os jornalistas que repercutiram as denúncias de Musk, enfatizando que tiveram coragem de expor as supostas "entranhas podres da censura política" no Brasil. Ele destacou que as denúncias ecoaram internacionalmente, levando a Comissão de Assuntos Judiciários da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos a solicitar ao X o envio das mensagens de Alexandre de Moraes cobrando restrições à rede social. "Precisou vir de fora do país uma resposta corajosa ao grito de socorro de milhões de brasileiros que vivem com medo, ao assistir, todos os dias, a interferências, intimidações e perseguições políticas por parte de alguns ministros do STF alinhados politicamente com o governo federal", declarou Girão. Em aparte, o senador Esperidião Amin (PP-SC) expressou sua preocupação com a amplitude alcançada por um inquérito originalmente destinado a tratar de assuntos internos do STF. Ele destacou que esse inquérito englobou outros processos, muitos dos quais estão sob sigilo, e cobrou uma postura do Senado diante dessa situação. "O Senado não pode continuar ignorando esses fatos e fingir que 'não é comigo'", completou Esperidião Amin, enfatizando a necessidade de uma resposta enérgica diante das denúncias e da gravidade das acusações feitas contra membros do Judiciário brasileiro.