Condenado por diversos crimes, José Dirceu participou nesta terça-feira (2) de uma sessão especial do Senado para, segundo alardeado, celebrar a democracia brasileira.
Na realidade, esse retorno à cena do crime celebra é a hipocrisia brasileira.
A presença de Dirceu marca a volta do petista ao Congresso Nacional após 19 anos.
Ele esteve pela última vez no Congresso quando teve o seu mandato cassado pelo plenário da Câmara, em 2005, no meio do escândalo do mensalão.
Condenado pelo mensalão e em desdobramentos da Operação Lava Jato, Dirceu está voltando aos holofotes da política desde a campanha de Lula (PT) ao Planalto.
Recentemente, durante um jantar de comemoração de seu aniversário, Dirceu – "homem forte" do primeiro governo Lula – reuniu diversas autoridades, entre as quais o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o vice-presidente Geraldo Alckmin.
A nação está em risco.
Gonçalo Mendes Neto. Jornalista. O retorno de José Dirceu à cena política após tantos anos e tantos escândalos é, no mínimo, controverso. Sua presença na sessão especial do Senado para celebrar a democracia brasileira parece mais uma provocação do que um ato legítimo de reconhecimento político.
Dirceu, condenado por diversos crimes, incluindo o mensalão e envolvimento em desdobramentos da Lava Jato, representa uma face sombria da política brasileira, marcada por corrupção e desvio de recursos públicos.
O fato de ter sido recebido em um jantar de comemoração de seu aniversário por autoridades como o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o vice-presidente, Geraldo Alckmin, levanta sérias questões sobre o comprometimento dessas figuras com a ética e a transparência na política.
A presença de Dirceu nos holofotes da política durante a campanha de Lula à presidência só aumenta a sensação de que a nação está em risco, pois isso sugere uma tolerância ou até mesmo uma conivência com práticas políticas questionáveis.
É um lembrete de que a luta contra a corrupção e a busca por uma política mais transparente e ética são desafios constantes no Brasil. A sociedade precisa estar vigilante e exigir que seus representantes sejam íntegros e comprometidos com o bem público.
O apresentador Tiago Pavinatto, do programa Linha de Frente e Os Pingos nos Is, foi demitido da Jovem Pan nesta terça-feira (22). A demissão ocorreu após o advogado e comentarista político se recusar a pedir desculpas a um desembargador que foi chamado por ele de “vagabundo tarado”. Nesta segunda (21), Pavinatto comentou a decisão do desembargador Airton Vieira, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), de ter inocentado um acusado de estupro contra uma menina de 13 anos. Exaltado com a notícia, Pavinatto ofendeu o magistrado e, mesmo a emissora pedindo para que ele se desculpasse, o profissional se negou. – A direção da casa está pedindo uma retratação ao desembargador Airton Vieira e eu não vou fazer. E eu deixo claro aqui: eu não vou fazer uma retratação para uma pessoa que ganha dinheiro público, livra um pedófilo, e ainda chama a vítima, de 13 anos de idade, de vagabunda – declarou. E continuou: – Eu me nego a fazer. Estou sendo cobrado insistentemente a me retratar. Eu n