Jornalistas foram proibidos nesta quinta-feira, 25, de acompanhar o 1º Fórum Jurídico – Brasil de Ideias, evento que reúne pelo menos dez autoridades do Judiciário brasileiro, incluindo os ministros Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, em Londres, no Reino Unido.
Segundo a Folha de S.Paulo, os profissionais de imprensa foram impedidos até de permanecer no mesmo andar em que o evento ocorre, no luxuoso Hotel Peninsula, cujas diárias custam quase 6 mil reais.
O material de divulgação diz que o fórum é uma “missão internacional, perpetuando o espaço democrático e promovendo um diálogo construtivo em prol do avanço do Brasil”, mas segundo o Grupo Voto, organizador do encontro, trata-se de “um evento privado”.
Dos 24 palestrantes, 21 exercem cargos públicos.
Além dos ministros do STF, também foram convidados para participar dos debates os ministros Ricardo Lewandowski, da Justiça, e Alexandre Silveira, de Minas e Energia, o advogado-geral da União, Jorge Messias, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, e o procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Os ministros do Supremo e a restrição a jornalistas
Questionado pelo jornal, o ministro Gilmar Mendes, do STF, afirmou desconhecer a proibição à imprensa.
“Isso não nos foi informado. Eu não sabia, vou me informar.”
Já Alexandre de Moraes foi perguntado se falaria com a imprensa após o evento e respondeu: “Nem a pau”, em um tom “entre o irônico e o bem-humorado”, segundo a Folha.
O Grupo Voto
Presidido pela cientista política Karim Miskulin, o Grupo Voto diz trabalhar na “interlocução entre o setor público e o privado”.
Em 2022, a organização promoveu um encontro entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e 135 empresárias e executivas no Palácio Tangará, em São Paulo, às vésperas da campanha eleitoral.
No início de 2024, Miskulin afirmou que Bolsonaro “é o principal líder da direita brasileira”. Informações O Antagonista
O apresentador Tiago Pavinatto, do programa Linha de Frente e Os Pingos nos Is, foi demitido da Jovem Pan nesta terça-feira (22). A demissão ocorreu após o advogado e comentarista político se recusar a pedir desculpas a um desembargador que foi chamado por ele de “vagabundo tarado”. Nesta segunda (21), Pavinatto comentou a decisão do desembargador Airton Vieira, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), de ter inocentado um acusado de estupro contra uma menina de 13 anos. Exaltado com a notícia, Pavinatto ofendeu o magistrado e, mesmo a emissora pedindo para que ele se desculpasse, o profissional se negou. – A direção da casa está pedindo uma retratação ao desembargador Airton Vieira e eu não vou fazer. E eu deixo claro aqui: eu não vou fazer uma retratação para uma pessoa que ganha dinheiro público, livra um pedófilo, e ainda chama a vítima, de 13 anos de idade, de vagabunda – declarou. E continuou: – Eu me nego a fazer. Estou sendo cobrado insistentemente a me retratar. Eu n