No cenário fervilhante da comunicação brasileira, uma voz ressoa com a autoridade de quem conhece os meandros da imprensa como poucos: Fernão Lara Mesquita. Ex-diretor do Grupo Estado, responsável pelo renomado jornal O Estado de S.Paulo, e herdeiro de um legado jornalístico de peso, Fernão não hesita em lançar uma crítica contundente contra seus próprios colegas de profissão.
Em uma entrevista exclusiva concedida à Revista A Verdade, Fernão não economiza palavras ao abordar o estado atual da imprensa no Brasil. Para ele, a falta de integridade e comprometimento com os princípios do jornalismo tem corroído a credibilidade da mídia tradicional. Segundo suas palavras, "A gente que ocupa as redações hoje não obedecem a lei básica do jornalismo. [...] São usurpadores de mais um dos poderes da democracia que usam para destruir a democracia, tanto quanto os ministros supremos que se dedicam a destruir a constituição não são ministros do supremo, são bandidos a soldo de uma ditadura."
Essa afirmação incisiva ecoa em um momento de profunda polarização política e social no Brasil, onde a mídia frequentemente se vê envolvida em debates acalorados sobre sua imparcialidade e ética jornalística. Fernão, com sua trajetória respeitável e conhecimento ímpar do funcionamento interno da imprensa, lança luz sobre uma questão que há muito tempo paira no ar: a crise de confiança na mídia tradicional.
É importante notar que Fernão Lara Mesquita não é apenas um observador distante deste cenário, mas sim um participante ativo e influente. Sua família tem uma história profundamente entrelaçada com o jornalismo brasileiro, com seu pai, Ruy Mesquita, deixando um legado inestimável no Estadão. Portanto, suas palavras carregam não apenas o peso de sua própria experiência, mas também a herança de uma tradição jornalística venerável.
No entanto, enquanto Fernão lança críticas contundentes contra a imprensa tradicional, ele não deixa de reconhecer a importância do papel da mídia na sociedade. Ao contrário, sua crítica vem de um lugar de profundo respeito pela profissão jornalística e um desejo genuíno de ver a imprensa recuperar sua integridade perdida.
O debate sobre a credibilidade da mídia não é novo, mas as palavras de Fernão Lara Mesquita ressoam de maneira especial, dada sua posição privilegiada dentro do cenário jornalístico brasileiro. Elas nos convidam a refletir não apenas sobre o estado atual da imprensa, mas também sobre o futuro do jornalismo em um mundo cada vez mais digitalizado e polarizado.
Enquanto as redes sociais e plataformas de mídia alternativa ganham cada vez mais espaço, a imprensa tradicional enfrenta o desafio de se reinventar e recuperar a confiança do público. O alerta de Fernão Lara Mesquita serve como um lembrete oportuno de que, em um momento de crise, a honestidade, a imparcialidade e a busca pela verdade devem permanecer como os pilares fundamentais do jornalismo. Afinal, como ele mesmo sugere, a democracia depende disso.
O apresentador Tiago Pavinatto, do programa Linha de Frente e Os Pingos nos Is, foi demitido da Jovem Pan nesta terça-feira (22). A demissão ocorreu após o advogado e comentarista político se recusar a pedir desculpas a um desembargador que foi chamado por ele de “vagabundo tarado”. Nesta segunda (21), Pavinatto comentou a decisão do desembargador Airton Vieira, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), de ter inocentado um acusado de estupro contra uma menina de 13 anos. Exaltado com a notícia, Pavinatto ofendeu o magistrado e, mesmo a emissora pedindo para que ele se desculpasse, o profissional se negou. – A direção da casa está pedindo uma retratação ao desembargador Airton Vieira e eu não vou fazer. E eu deixo claro aqui: eu não vou fazer uma retratação para uma pessoa que ganha dinheiro público, livra um pedófilo, e ainda chama a vítima, de 13 anos de idade, de vagabunda – declarou. E continuou: – Eu me nego a fazer. Estou sendo cobrado insistentemente a me retratar. Eu n