A defesa de Jair Bolsonaro enviou ofício ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para justificar à ida do ex-presidente à embaixada da Hungria após ter sido alvo de operação da Polícia Federal. No documento, os advogados dele afirmam ser “ilógico” sugerir que a estadia no local era uma tentativa de fuga.
“Diante da ausência de preocupação com a prisão preventiva, é ilógico sugerir que a visita do peticionário [Bolsonaro] à embaixada de um país estrangeiro fosse um pedido de asilo ou uma tentativa de fuga. A própria imposição das recentes medidas cautelares tornava essa suposição altamente improvável e infundada”, dizem os advogados.
Vídeos divulgados pelo jornal norte-americano “New York Times” mostram Bolsonaro, quatro dias após ser alvo da Polícia Federal, passando dois dias na embaixada da Hungria, em Brasília. Com o avançar das investigações, Bolsonaro foi acolhido pelo embaixador húngaro Miklós Halmai.
"[Bolsonaro] sempre manteve interlocução próxima com as autoridades daquele país, tratando de assuntos estratégicos de política internacional de interesse do setor conservador”, dizem os advogados no ofício.
A justificativa da defesa de Jair Bolsonaro para a sua ida à embaixada da Hungria após ter sido alvo de operação da Polícia Federal parece lógica e coerente. A afirmação de que não havia preocupação com a prisão preventiva e que a visita não tinha o propósito de solicitar asilo ou fugir do país é plausível, considerando que Bolsonaro estava em contato frequente com autoridades húngaras e tratava de assuntos internacionais de interesse conservador.
A resposta da defesa destaca a aparente incoerência em sugerir que Bolsonaro estaria tentando fugir do país ao visitar a embaixada da Hungria, especialmente após ter sido alvo de medidas cautelares pela Polícia Federal. Essa explicação busca esclarecer a natureza da visita, destacando o contexto diplomático e as relações políticas pré-existentes entre Bolsonaro e as autoridades húngaras.
Ao apresentar essa argumentação, a defesa busca demonstrar que a estadia de Bolsonaro na embaixada da Hungria foi motivada por razões legítimas e não por um desejo de escapar da Justiça brasileira. A resposta da defesa ressalta a importância de considerar o contexto completo da situação antes de fazer suposições precipitadas ou infundadas sobre as ações do ex-presidente.
O apresentador Tiago Pavinatto, do programa Linha de Frente e Os Pingos nos Is, foi demitido da Jovem Pan nesta terça-feira (22). A demissão ocorreu após o advogado e comentarista político se recusar a pedir desculpas a um desembargador que foi chamado por ele de “vagabundo tarado”. Nesta segunda (21), Pavinatto comentou a decisão do desembargador Airton Vieira, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), de ter inocentado um acusado de estupro contra uma menina de 13 anos. Exaltado com a notícia, Pavinatto ofendeu o magistrado e, mesmo a emissora pedindo para que ele se desculpasse, o profissional se negou. – A direção da casa está pedindo uma retratação ao desembargador Airton Vieira e eu não vou fazer. E eu deixo claro aqui: eu não vou fazer uma retratação para uma pessoa que ganha dinheiro público, livra um pedófilo, e ainda chama a vítima, de 13 anos de idade, de vagabunda – declarou. E continuou: – Eu me nego a fazer. Estou sendo cobrado insistentemente a me retratar. Eu n