Após o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir retirar o sigilo sobre os depoimentos de militares e políticos à Polícia Federal (PF) relacionados àquilo que denominaram uma suposta "tentativa de golpe de Estado", a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi citada pelo ex-comandante da Aeronáutica, brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior. Em seu depoimento à PF, o militar afirmou que foi procurado pela parlamentar durante discussões sobre uma suposta trama golpista para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder.
Segundo o relato do brigadeiro, Zambelli teria feito um pedido direto a ele, dizendo: "Brigadeiro, o senhor não pode deixar o presidente Bolsonaro na mão." Em resposta, o militar teria deixado claro que não aceitaria qualquer proposta ilegal, respondendo: "Deputada, entendi o que a senhora está falando e não admito que a senhora proponha qualquer ilegalidade."
Além do depoimento de Baptista Junior, o ex-comandante do Exército, Freire Gomes, também revelou pressões semelhantes para que os militares apoiassem uma tentativa de ruptura. Baptista Junior chegou a afirmar que Freire Gomes ameaçou prender Bolsonaro se a proposta fosse levada adiante.
Diante das acusações, Zambelli recorreu às redes sociais para comentar o assunto. Em sua conta em uma rede social, ela escreveu: "Eu não sabia que generais de alta patente aceitavam pressão de uma deputada de baixo clero. Nossas Forças Armadas já tiveram comandantes melhores. Triste."
Em resposta às acusações, a defesa de Carla Zambelli emitiu uma nota, afirmando que a deputada desconhece os fatos envolvendo essa minuta e que jamais concordaria com algo irregular, imoral ou ilícito. A nota também destaca que, caso tenha feito algum pedido, isso ocorreu por conta da derrota nas eleições e que tal apoio seria plausível naquele momento.
As revelações feitas nos depoimentos dos militares e políticos trouxeram à tona um debate acalorado sobre a integridade do processo democrático no Brasil e a conduta dos envolvidos. Enquanto alguns defendem a transparência e a investigação rigorosa das alegações, outros argumentam que tais acusações podem ser parte de uma estratégia política para descreditar o governo e seus aliados.
À medida que o caso continua a se desenrolar, o país aguarda ansiosamente por respostas e por esclarecimentos adicionais sobre o que realmente aconteceu nos bastidores do poder durante esse período tumultuado da política brasileira. Enquanto isso, as tensões permanecem altas e o futuro político de figuras como Carla Zambelli permanece incerto.
O apresentador Tiago Pavinatto, do programa Linha de Frente e Os Pingos nos Is, foi demitido da Jovem Pan nesta terça-feira (22). A demissão ocorreu após o advogado e comentarista político se recusar a pedir desculpas a um desembargador que foi chamado por ele de “vagabundo tarado”. Nesta segunda (21), Pavinatto comentou a decisão do desembargador Airton Vieira, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), de ter inocentado um acusado de estupro contra uma menina de 13 anos. Exaltado com a notícia, Pavinatto ofendeu o magistrado e, mesmo a emissora pedindo para que ele se desculpasse, o profissional se negou. – A direção da casa está pedindo uma retratação ao desembargador Airton Vieira e eu não vou fazer. E eu deixo claro aqui: eu não vou fazer uma retratação para uma pessoa que ganha dinheiro público, livra um pedófilo, e ainda chama a vítima, de 13 anos de idade, de vagabunda – declarou. E continuou: – Eu me nego a fazer. Estou sendo cobrado insistentemente a me retratar. Eu n