O general da reserva do Exército Laércio Vergílio disse em depoimento à Polícia Federal que a prisão do ministro Alexandre de Moraes, do (STF) Supremo Tribunal Federal, seria necessária para “a volta da normalidade institucional e a harmonia entre os Poderes”. A declaração foi registrada nos documentos revelados pelo STF nesta sexta-feira (15).
O militar é investigado por supostamente ter envolvimento em um plano para prender Alexandre de Moraes, o relator das investigações sobre a tentativa de golpe que está em andamento no Supremo.
No depoimento prestado à PF no dia 22 de fevereiro, o general foi perguntado sobre os áudios que mostram conversas dele com Ailton Gonçalves Moraes Barros, major reformado do Exército, preso em operação sobre fraude em cartões de vacinação.
Em uma das conversas, Vergílio comentou que Moraes deveria ser preso em 18 de dezembro de 2022 pelo comandante da Brigada de Operações Especiais de Goiânia, um dos grupamentos do Exército.
No depoimento, o militar confirmou que teve conversas sobre a prisão de Moraes com Ailton Gonçalves, mas disse que “nunca foi comentado sobre qualquer golpe de estado em andamento”.A Polícia Federal então mostrou um áudio em que Laércio defende a realização de uma “operação especial” que seria liderada por Jair Bolsonaro.
Nesse ponto, ele disse que a “operação especial” seria com o objetivo de “implementar a GLO [Garantia da Lei e da Ordem] temporariamente” e que “tudo deveria ser realizado dentro da lei e da ordem embasado juridicamente com base na Constituição Federal, principalmente com os argumento apresentados pelo jurista lves Gandra”.
R7
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...