Segundo Gilmar Mendes, Delcídio alegou que Esteves ofereceu 50 mil reais ao filho de Cerveró, junto com uma pensão e até um plano de fuga do presídio de Curitiba. No entanto, o ministro ressaltou que, ao final, ficou constatado que as alegações eram falsas. O dinheiro não provinha de Esteves, mas possivelmente de José Carlos Bumlai, pecuarista e amigo de Lula, condenado no contexto da Lava Jato.
O ministro enfatizou que Delcídio teria criado uma série de histórias inverídicas, classificando o caso como uma "aberração jurídica". Em resposta imediata, Delcídio do Amaral rebateu, destacando o trio Marcelo Miller, Rodrigo Janot e Teori como responsáveis por essa suposta "aberração jurídica".
“E a própria Justiça reconheceu isso. Depois de transitado em julgado. Faça-me o favor”, disse Delcídio.
O ex-senador acusou Janot, ex-procurador-geral da República, e Teori de terem forjado um flagrante, afirmando que "não existe outra história". Ele também mencionou Marcelo Miller, ex-procurador da República que depois atuou em um escritório contratado pela J&F.
Delcídio anunciou que lançará um "livro bomba" neste ano, onde revelará detalhes e dará "nome aos bois". Ele destacou que o livro será um sucesso para ele e uma dor de cabeça para outros, deixando claro que o tempo será o melhor juiz.
O livro está previsto para ser lançado no dia 14 de julho, e Delcídio ressaltou que foi inocentado, considerando seu processo como ilegal e flagrantemente "forjado" pela própria justiça.
O embate entre Gilmar Mendes e Delcídio do Amaral destaca as tensões e controvérsias que cercam os bastidores da Operação Lava Jato e suas repercussões no cenário político e jurídico do Brasil.
Jornal da Cidade