Luiz Inácio Lula da Silva (PT) condecorou nesta terça-feira (21) o embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Mohamed Alzeben, com a Ordem do Rio Branco, no grau Grã-Cruz. A entrega da condecoração acontece em meio à guerra no Oriente Médio entre Israel e o grupo terrorista Hamas.
O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, não foi condecorado.
O israelense foi alvo de críticas recentes, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) compareceu a um evento da embaixada de Israel na Câmara dos Deputados, organizado para exibir atrocidades promovidas pelo Hamas. A representação de Tel Aviv afirmou que não sabia da presença de Bolsonaro.
Apesar de condenar as ações do Hamas, o presidente Lula vem subindo o tom contra Israel, por causa da resposta militar considerada desproporcional, em particular os bombardeios na Faixa de Gaza. O petista critica os ataques que vêm atingindo a população civil, em particular mulheres e crianças.
Nesta terça-feira, durante participação em cúpula do Brics, o presidente brasileiro declarou que a guerra no Oriente Médio é resultado da falta de um "lar seguro" para o povo palestino.
"Não podemos esquecer que a guerra atual também decorre de décadas de frustração e injustiça, representada pela ausência de um lar seguro para o povo palestino. É fundamental acompanhar com atenção a situação na Cisjordânia, onde os assentamentos ilegais israelenses continuam a ameaçar a viabilidade de um Estado palestino", afirmou.
"O reconhecimento de um Estado palestino viável, vivendo lado a lado com Israel, com fronteiras seguras e mutuamente reconhecidas, é a única solução possível. Precisamos retomar com a maior brevidade possível o processo de paz entre Israel e Palestina", disse.
A entrega das condecorações ocorreu em cerimônia no Palácio do Itamaraty.
Lula também condecorou outras personalidades estrangeiras, como a ministra das Relações Internacionais e Cooperação da África do Sul, Grace Naledi Mandisa Pandor; a ministra da Defesa do Suriname, Krishnakoemarie Mathoera; o diretor-geral da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), Qu Dongyu; o ex-presidente da Eslováquia Rudolf Schuster; e o vice-presidente do Parlamento da Croácia, Zeljko Reiner.
Outra condecorada foi a ministra da Defesa do Chile, Maya Alejandra Fernández Allende, que é neta do ex-presidente chileno Salvador Allende.
CONDECORAÇÃO A JANJA
O presidente também agraciou a primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, com o mais alto grau da Ordem do Rio Branco, que é concedida para "distinguir serviços meritórios e virtudes cívicas, estimular a prática de ações e feitos dignos de honrosa menção."
Também foram condecorados ministros do governo Lula e do STF (Supremo Tribunal Federal), diplomatas brasileiros, militares, artistas.
No Diário Oficial da União desta terça (21), o presidente condecorou o indigenista brasileiro Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips com os títulos póstumos de comendadores da Ordem do Rio Branco,
Os dois foram assassinados no Vale do Javari, no Amazonas, em 5 de junho de 2022. Eles foram mortos a tiros, esquartejados e queimados por pescadores acusados de invasão à terra indígena.
Folha d.SP
O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, não foi condecorado.
O israelense foi alvo de críticas recentes, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) compareceu a um evento da embaixada de Israel na Câmara dos Deputados, organizado para exibir atrocidades promovidas pelo Hamas. A representação de Tel Aviv afirmou que não sabia da presença de Bolsonaro.
Apesar de condenar as ações do Hamas, o presidente Lula vem subindo o tom contra Israel, por causa da resposta militar considerada desproporcional, em particular os bombardeios na Faixa de Gaza. O petista critica os ataques que vêm atingindo a população civil, em particular mulheres e crianças.
Nesta terça-feira, durante participação em cúpula do Brics, o presidente brasileiro declarou que a guerra no Oriente Médio é resultado da falta de um "lar seguro" para o povo palestino.
"Não podemos esquecer que a guerra atual também decorre de décadas de frustração e injustiça, representada pela ausência de um lar seguro para o povo palestino. É fundamental acompanhar com atenção a situação na Cisjordânia, onde os assentamentos ilegais israelenses continuam a ameaçar a viabilidade de um Estado palestino", afirmou.
"O reconhecimento de um Estado palestino viável, vivendo lado a lado com Israel, com fronteiras seguras e mutuamente reconhecidas, é a única solução possível. Precisamos retomar com a maior brevidade possível o processo de paz entre Israel e Palestina", disse.
A entrega das condecorações ocorreu em cerimônia no Palácio do Itamaraty.
Lula também condecorou outras personalidades estrangeiras, como a ministra das Relações Internacionais e Cooperação da África do Sul, Grace Naledi Mandisa Pandor; a ministra da Defesa do Suriname, Krishnakoemarie Mathoera; o diretor-geral da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), Qu Dongyu; o ex-presidente da Eslováquia Rudolf Schuster; e o vice-presidente do Parlamento da Croácia, Zeljko Reiner.
Outra condecorada foi a ministra da Defesa do Chile, Maya Alejandra Fernández Allende, que é neta do ex-presidente chileno Salvador Allende.
CONDECORAÇÃO A JANJA
O presidente também agraciou a primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, com o mais alto grau da Ordem do Rio Branco, que é concedida para "distinguir serviços meritórios e virtudes cívicas, estimular a prática de ações e feitos dignos de honrosa menção."
Também foram condecorados ministros do governo Lula e do STF (Supremo Tribunal Federal), diplomatas brasileiros, militares, artistas.
No Diário Oficial da União desta terça (21), o presidente condecorou o indigenista brasileiro Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips com os títulos póstumos de comendadores da Ordem do Rio Branco,
Os dois foram assassinados no Vale do Javari, no Amazonas, em 5 de junho de 2022. Eles foram mortos a tiros, esquartejados e queimados por pescadores acusados de invasão à terra indígena.
Folha d.SP