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Reféns do Hamas: 'Minha esposa e minhas filhas foram levadas para Gaza'


 
Algumas famílias relatam pânico ao saberem que seus entes queridos podem ser reféns do Hamas, depois de o grupo terrorista ter atacado Israel.

Os militares israelenses apontam que mais de uma centena de pessoas, incluindo cidadãos estrangeiros, foram levadas como reféns para Gaza.

A BBC News conversou com alguns desses familiares em busca de respostas, como você confere a seguir.

'Estou tentando manter a calma'

A primeira suspeita que Yoni Asher teve de que a família estava em Gaza aconteceu quando ele rastreou o celular da esposa.

A esposa, Doron, e as duas filhas — Raz, de 5 anos, e Aviv, de 3 — estavam com outros familiares perto da fronteira com Gaza quando os terroristas do Hamas atacaram.

Yoni relatou à BBC: "No sábado (7/10), por volta das 10h30 da manhã, foi a última ligação telefônica que fiz com minha esposa. Ela me disse que terroristas do Hamas haviam entrado na casa onde estavam."

"Eles estavam numa sala segura e a ligação caiu. Mais tarde, consegui rastrear o celular dela, que apontava a localização em Gaza", contou ele.

Mais tarde naquele mesmo dia, os piores temores de Asher foram aparentemente confirmados quando ele reconheceu a família em um vídeo de pessoas carregadas na traseira de um caminhão.

"No vídeo, reconheci minha esposa e minhas duas filhas, meus dois bebês", disse ele.

"Não sei em que termos ou em que condições elas são mantidas, mas você sabe, a situação está piorando muito."

Por enquanto, como outras famílias, tudo o que Yoni pode fazer é ter esperança.

"Estou tentando manter a calma. Quero acreditar que há algum contato entre os diplomatas, alguma negociação, algo assim, mas não sabemos de nada — e isso é o mais difícil."

'Parece um filme de terror'

Noam Sagi disse que ficou com o coração apertado quando a mídia Palestina começou a fazer uma transmissão ao vivo em frente à casa de sua mãe, de 74 anos, que vive a cerca de 400 metros da fronteira com Gaza.

Na tarde de sábado, o exército israelense entrou na propriedade de Ada Sagia, avó de seis, e encontrou manchas de sangue — mas nenhum sinal da moradora, explicou Sagi.

Em declarações à rádio 4 da BBC, Sagi — que vive em Londressupôs que a mãe dele, que é professora de árabe, está entre os reféns.

"Trata-se de uma pessoa de 74 anos, que entrou em uma sala segura e [agora] não está mais lá", disse ele.

"Ela não está na lista de mortos, não está na lista de feridos e mora numa comunidade pequena, de no máximo 350 pessoas. Todos se conhecem, então fizeram o processo de identificação das vítimas."

A comunidade denuncia que idosos e jovens foram raptados, segundo Sagi. Ele afirmou não haver qualquer confirmação formal ou oficial do paradeiro da sua mãe — e ressaltou que ela não poderia correr muito, pois fez uma cirurgia de quadril há pouco.

"É completamente surreal, parece um filme de terror", continuou Sagi.

"Imagine uma vila rural encantadora aqui no Reino Unido, com pessoas apenas vivendo a própria vida... E, do nada, você é simplesmente arrancado de sua própria casa."

"Parece irreal e desumano. É muito perturbador pensar que algo assim é possível. Mesmo na guerra existem regras, e estamos falando de homens na faixa dos 20 e 30 anos que entraram na casa de uma mulher idosa e a sequestraram."

Sagi acrescentou que teme pela saúde da mãe, que precisa de remédios.

A esposa dele, Michal, que também falou à BBC, disse que Ada tinha alergias.

"Sem os medicamentos, não sabemos quanto tempo ela pode aguentar", disse ela.

"Estou tentando não pensar em cenários negativos, eles são difíceis de imaginar."

Sagi acredita que verá a mãe novamente. Ele disse que a esperava em Londres na próxima semana para comemorar o aniversário de 75 anos dela.

Ele a descreveu como uma mulher muito forte, inspiradora e fenomenal, acrescentando que confiava nela para "lidar com a situação".

A situação dos brasileiros

Segundo as informações divulgadas pelo Itamaraty, há três brasileiros desaparecidos na região do conflito entre Hamas e Israel.

Eles estavam no festival de música eletrônica perto da fronteira da Faixa de Gaza260 pessoas que participavam do evento foram mortas pelos criminosos do Hamas.

Em nota, o Itamaraty declarou que "segue acompanhando a situação dos turistas e das comunidades brasileiras em Israel e na Palestina".

Não há qualquer informação oficial de que esses três brasileiros desaparecidos tenham sido mortos ou foram tomados como reféns.

"A Embaixada em Tel Aviv identificou, até o presente momento, três brasileiros desaparecidos e um ferido, todos binacionais, que participavam de festival de música no distrito sul de Israel, a menos de 20 km da Faixa de Gaza. O brasileiro ferido, também binacional, recebeu, hoje, alta do hospital e se encontra bem."

"A Embaixada em Tel Aviv colheu, até agora, por meio de formulário online, os dados de cerca de mil nacionais e seus dependentes, a maioria dos quais turistas, hospedados em Tel Aviv e Jerusalém", conclui a nota.

FONTE: BBC News

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