Durante a sessão da CPMI que deveria investigar os atos do dia 8 de janeiro, o deputado Maurício Marcon lembrou ao presidente da Comissão que, há poucos dias, ele se ofendeu quando Marcon alertou que a CPI iria “terminar em pizza”.
O deputado apontou que a responsável pela “pizza” seria a relatora, senadora Eliziane Gama. Ele disse: “Semanas atrás, Sr. Presidente, eu mencionava para o senhor que esta CPMI iria terminar em pizza. Lembra disso, Sr. Presidente? Ia terminar em pizza. O senhor se ofendeu comigo e respondeu.
E hoje o senhor vem na mesma toada, porque o senhor deu uma entrevista dizendo que a gente está brincando de fazer uma CPMI”. O deputado afirmou: “Eu quero lhe dizer que a pizzaiola está sentada ao seu lado. Ela foi colocada ali justamente para fazer um relatório enviesado. Se não vejamos, os fatos, não as narrativas”.
Maurício Marcon lembrou que parentes da relatora foram nomeados para o governo federal, que o ministro Flávio Dino vem sendo blindado na Comissão, que há indícios de combinação de perguntas e respostas com o chamado “general do Lula” e que a senadora já concedeu entrevistas expressando seu pré-julgamento e direcionamento do relatório contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Maurício Marcon disse: “segundo ela, já no seu relatório haverá o indiciamento de Bolsonaro, porque ela percebeu inúmeras provas do crime que o ex-Presidente cometeu. Mas faz silêncio quanto à Força Nacional estacionada do lado do Ministério da Justiça, a qual Flávio Dino, gestor da Senadora aqui, não fez nada para impedir os atos do dia 8 de janeiro”.
O deputado questionou: “O fato determinado dessa CPMI é 8 de janeiro. Quando ouviremos Flávio Dino? Quando ouviremos o gestor da Força Nacional? Será que um dia ouviremos? Talvez não, porque o interesse da Relatora não é esse”. Ele acrescentou, dirigindo-se ao presidente Arthur Maia: “eu entendo o senhor preocupado de não entrar para história como alguém que foi o pizzaiolo.
E o senhor não é! A pizzaiola está sentada ao seu lado. Se ela puder explicar por que o marido trabalha no Governo, porque ela trocou mensagens lá com o G. Dias... a gente fica aqui para ouvir”.
Assista a partir de 7:11