O senador Eduardo Girão gravou um vídeo em frente à sede do Consórcio Nordeste em Brasília, pressionou membros da CPI que se recusam a investigar operações suspeitas e pediu apoio para uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que possa investigar a corrupção com os recursos enviados pelo governo federal aos estados e municípios.
O senador mostrou o local e disse: “Agora, vou mostrar para vocês a sede do Consórcio Nordeste aqui em Brasília, quase R$ 2,5 milhões em um contrato de 5 anos; R$40 mil do seu dinheiro por mês. Para fazer o quê? É uma reunião de nove estados, governos alinhados ideologicamente.
O Consórcio Nordeste custa, por ano, 10 milhões de reais”. O senador relatou que o comando da CPI da pandemia, também conhecida como “CPI do Circo”, “CPI da Cortina de Fumaça” e “Tribunal de Renan Calheiros”, recusou-se a investigar o Consórcio Nordeste embora haja muitos indícios de que a investigação é necessária. Girão disse: “Tentamos levar esses personagens para a CPI.
O salário do Carlos Gabas, da diretoria, é de R$19 mil. Assessores, R$17 mil. Gerentes, R$15 mil. Além disso, R$1,3 milhão de reais é gasto com serviços jurídicos. De quê? A CPI não quer analisar. A comunicação social, para mídia, é de R$1,3 milhão”. O senador acrescentou: “Além disso, transferência de R$2,5 milhões para entidades privadas.
O ministro da CGU deixou muito claro: R$120 bilhões foram enviados pelo Governo Federal para estados e municípios, mas a CPI não quer olhar, rastrear a corrupção. Conseguimos assinaturas de 37 senadores para formar outra comissão para fazer o que esta não faz. Vai ser uma comissão mista, com Senado e Câmara”.
Anteriormente, o parlamentar salientou: “São dois nomes chaves: Bruno Dauster e também a senhora Cristiana Prestes, que é a dona da empresa He*Care, que recebeu antecipadamente o dinheiro desse esquema montado, quase R$ 50 milhões, e não entregou os respiradores para o povo nordestino. Então, a gente quer saber a verdade”.
Nesta ocasião, Girão acrescentou que, quando se fala no Consórcio Nordeste, parte dos integrantes da CPI demonstra nervosismo e é preciso entender o que está "por trás dessa blindagem estranha". Enquanto se recusou a investigar indícios de corrupção com os recursos enviados pelo governo federal para os estados e municípios, a CPI não poupou esforços em humilhar pessoas e empresas que manifestaram apoio ao presidente Jair Bolsonaro, além de quebrar sigilos sem qualquer fundamentação, vazar dados sigilosos para a imprensa e ameaçar pessoas de prisão.
O procedimento é o mesmo observado em inquéritos conduzidos em cortes superiores: matérias da velha imprensa atribuem um “rótulo” ou “marca” a um grupo de pessoas, e isso é tido como suficiente para quebras de sigilos, interrogatórios, buscas e apreensões, prisões e confiscos.
Após promover uma devassa nas pessoas e empresas, no que é conhecido como “fishing expedition”, os dados são vazados para a velha imprensa, que então promove um assassi* de reputações que dá causa a novas medidas abusivas. Conforme vários senadores já notaram, os procedimentos são, comumente, dirigidos aos veículos de imprensa independentes, em evidente tentativa de eliminar a concorrência, controlar a informação e manipular a população brasileira.