Nesta segunda-feira (26), o senador Renan Calheiros (MDB-AL) mostrou revolta com a determinação da Justiça em primeira instância que o ‘impediu’ de relatar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19. Em suas redes sociais, ele chamou a decisão do juiz de “interferência indevida” e afirmou que vai entrar com recurso.
A decisão foi do juiz Charles Frazão de Morais, da 2ª Vara Federal Cível da Justiça de Federal do Distrito Federal, que disse que a medida tem por objetivo “evitar prejuízo para o desenvolvimento dos trabalhos da CPI e à própria atividade parlamentar do senador demandado”. A ação trata de um pedido pedido feito pela deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP).
Ao criticar a liminar, Renan Calheiros afirmou que a medida foi “orquestrada” pelo governo de Jair Bolsonaro.
– A decisão é uma interferência indevida que subtrai a liberdade de atuação do Senado. Medida orquestradas pelo governo Jair Bolsonaro e antecipada por seu filho. A CPI é investigação constitucional do Poder Legislativo e não uma atividade jurisdicional – apontou.
O senador também chamou a medida de “esdrúxula” e questionou o motivo de “tanto medo” por parte do governo.
– Nada tem a ver com Justiça de primeira instância. Não há precedente na história do Brasil de medida tão esdrúxula como essa. Estamos entrando com recurso e pergunto: por que tanto medo? – indagou.*Pleno News