O ministro Cristiano Zanin, do STF, tá presidindo a Primeira Turma que vai julgar Jair Bolsonaro por tentativa de golpe em 2022. Como advogado de Lula na Lava Jato, Zanin batia duro na pressa dos processos e nos métodos usados, tipo prazos curtos e decisões rápidas do juiz Sergio Moro. Agora, no caso Bolsonaro, ele tá acompanhando uma tramitação acelerada, com previsão de julgamento ainda em 2025, o que lembra o ritmo que ele criticava antes.
Na Lava Jato, Zanin dizia que a velocidade dos julgamentos, como o do tríplex do Guarujá, prejudicava a defesa e feria a isonomia. Ele também questionava o foro de Curitiba e a imparcialidade de Moro, pedindo mais tempo pra defesa atuar. No caso de Bolsonaro, a denúncia da PGR veio em fevereiro, e a Primeira Turma, sob Zanin, vai decidir se aceita rapidinho, algo que ele já chamou de "atropelo" no passado.
A defesa de Bolsonaro tá reclamando dos prazos curtos, pedindo mais tempo pra analisar as provas, mas Zanin e o relator Alexandre de Moraes tão segurando os 15 dias padrão.
Isso é parecido com o que ele via como abuso na Lava Jato, quando tentava atrasar os processos de Lula com estratégias tipo listar dezenas de testemunhas. Só que agora ele tá do outro lado, como juiz, e não tá mudando o ritmo.
Tem quem ache irônico: Zanin, que brigava contra a pressa, agora comanda um julgamento que pode condenar Bolsonaro antes de 2026. Ele não se pronunciou sobre isso, mas o contraste tá aí.
O caso segue na Primeira Turma, e o desfecho vai mostrar se Zanin vai manter a linha dura que ele mesmo já condenou.
O ex-desembargador Sebastião Coelho foi detido nesta terça-feira, 25, no Supremo Tribunal Federal (STF), em flagrante delito, sob acusação de desacato e ofensas ao tribunal. A prisão foi determinada pelo presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, que também ordenou a lavratura de boletim de ocorrência. Coelho, que é advogado de Filipe Martins, ex-assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, tentou ingressar na 1ª Turma do STF para acompanhar o julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Em um vídeo gravado pelo próprio Coelho, é possível vê-lo na porta do colegiado, alegando que foi impedido de entrar, apesar de afirmar que havia lugares vagos disponíveis. O STF rebateu e emitiu uma nota oficial alegando que Coelho não se cadastrou previamente para participar da sessão. Advogado de Filipe Martins, o desembargador Sebastião Coelho foi barrado na entrada do plenário da Primeira Turma do STF 🚨🚨🚨🚨 pic.twitter.com/EGaPuYyjam — Claudio Dantas (...