O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou, em 2 de março de 2025, que pretende concorrer a uma vaga no Senado nas eleições de 2026 e que, se eleito, votará a favor do impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A declaração foi feita durante uma entrevista ao programa "Canal Livre", da Band, exibida na noite de domingo, conforme reportado por veículos como O Globo e Poder360.
Eduardo justificou sua posição criticando Moraes por decisões que considera abusivas, como a condução de inquéritos contra aliados de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, e a suspensão de plataformas digitais como o X no Brasil em 2024. Ele declarou: "No que depender de mim, eu voto pelo impeachment do Moraes. Ele extrapolou todos os limites possíveis". O deputado também mencionou que sua candidatura ao Senado seria uma forma de ampliar a influência política da família Bolsonaro, especialmente após a inelegibilidade de Jair até 2030.
Embora Eduardo não tenha detalhado um plano específico para viabilizar o impeachment, sua fala alinha-se com esforços anteriores da oposição. Em 2021, Jair Bolsonaro pediu o impeachment de Moraes ao Senado, mas o então presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), rejeitou a solicitação por falta de fundamentos jurídicos e políticos. Atualmente, com Davi Alcolumbre (União-AP) na presidência do Senado desde fevereiro de 2025, a posição sobre pautar tais pedidos permanece incerta, mas a oposição segue pressionando.
A possibilidade de impeachment de um ministro do STF exige 41 votos para ser aberta no Senado e 54 para ser aprovada, conforme o artigo 52 da Constituição e a Lei nº 1.079/1950. Eduardo, caso eleito senador, teria apenas um voto, mas sua intenção reflete o discurso de mobilização da base bolsonarista contra Moraes, que segue como alvo de críticas por decisões relacionadas aos atos de 8 de janeiro de 2023 e à regulação digital. O deputado voltou a revista Oeste e repetiu essas declarações. Assista
