A bancada do PT na Câmara elegeu o fim da escala de trabalho 6×1 como prioridade legislativa em 2025, conforme noticiado pela Gazeta do Povo em 9 de março. A Proposta de Emenda Constitucional (PEC), de autoria da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), propõe reduzir a jornada semanal de 44 para 36 horas, com um modelo 4×3 (quatro dias de trabalho e três de descanso).
O PT vê na medida uma chance de recuperar a popularidade de Lula, que caiu para 35% em fevereiro de 2025, segundo o Datafolha. A iniciativa ganhou força após o PT sofrer perdas nas eleições municipais de 2024.
O movimento Vida Além do Trabalho (VAT), que coletou 1,3 milhão de assinaturas online, impulsionou a PEC, que já conta com apoio de mais de 171 deputados até março de 2025.
O PT, liderado por Lindbergh Farias na Câmara, aposta na redução da jornada como uma bandeira popular para reconectar o partido com os trabalhadores. A proposta é vista como uma resposta às críticas de desconexão do governo com as demandas sociais, agravadas por desafios econômicos como inflação e aumento da Selic. O governo Lula ainda não definiu oficialmente sua posição, mas o Ministério do Trabalho considera a redução viável via acordos coletivos.
A PEC enfrenta resistência de setores econômicos e parlamentares de direita, como Nikolas Ferreira (PL-MG), que alertam para aumento de custos e desemprego em áreas como comércio e serviços.
O PL, maior bancada da Câmara, e Jair Bolsonaro, que sugeriu em 13 de novembro de 2024 “jogar o abacaxi” para Lula, opõem-se à medida, temendo impactos econômicos negativos. O deputado Reginaldo Lopes (PT-MG) apresentou uma PEC alternativa em 2019, com transição de dez anos para o fim do 6×1, mas a proposta de Hilton prevê mudanças em um ano. O debate no Congresso será decisivo para o futuro da legislação e da estratégia política do PT.
A articulação do PT ocorre em um momento de crise política, com a nomeação de Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais em março de 2025, sinalizando um “modo campanha” para 2026.
A aprovação da PEC exigirá 308 votos na Câmara e 49 no Senado, em dois turnos, além de enfrentar possíveis vetos de Lula, que monitora as reações do mercado.
O governo avalia que a medida pode melhorar a percepção pública, mas teme instabilidade econômica, com o dólar a R$ 5,91 e a Selic a 12,25% em março de 2025. O desfecho da PEC será um teste para a capacidade do PT de equilibrar populismo e responsabilidade fiscal.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...