O processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 33 indivíduos, acusados de tentativa de golpe de Estado, avança e agora aguarda a análise da Procuradoria-Geral da República (PGR). O Supremo Tribunal Federal (STF) está no aguardo da manifestação da PGR sobre as defesas prévias apresentadas pelos denunciados, que é um passo crucial para o andamento do caso.
O ministro Alexandre de Moraes estabeleceu um prazo até a próxima sexta-feira, dia 14, para que a PGR se pronuncie. Após essa manifestação, Moraes irá avaliar se existem elementos suficientes para que a denúncia siga para julgamento. Caso o processo esteja apto, ele será encaminhado à Primeira Turma do STF, que decidirá sobre a aceitação ou rejeição da denúncia. Se a denúncia for rejeitada, o caso será arquivado.
Se a denúncia for aceita, os acusados se tornarão réus e o processo avançará para a fase de instrução.
Nessa etapa, serão coletadas provas e ouvidas testemunhas, culminando em um julgamento pelo STF, que determinará a culpabilidade ou inocência dos réus. A fase de instrução é fundamental para a construção do caso e a definição dos próximos passos.
As defesas prévias apresentadas pelos denunciados representam a primeira chance de contestar as acusações. A defesa de Bolsonaro, por exemplo, solicitou que a análise do recebimento da denúncia seja realizada pelo plenário do STF, em vez de ser apenas pela Primeira Turma.
Além de negar as acusações, os advogados de Bolsonaro alegam que o ministro Moraes cometeu abusos na condução do processo e consideram a denúncia “inepta” e “desorganizada”. Outros denunciados também levantaram questões sobre a competência do STF e a imparcialidade de Moraes. Além disso, solicitaram acesso completo aos autos e às provas da investigação, o que pode influenciar a continuidade do processo. A expectativa agora é sobre a manifestação da PGR e os desdobramentos que isso poderá trazer para o caso.
O ex-desembargador Sebastião Coelho foi detido nesta terça-feira, 25, no Supremo Tribunal Federal (STF), em flagrante delito, sob acusação de desacato e ofensas ao tribunal. A prisão foi determinada pelo presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, que também ordenou a lavratura de boletim de ocorrência. Coelho, que é advogado de Filipe Martins, ex-assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, tentou ingressar na 1ª Turma do STF para acompanhar o julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Em um vídeo gravado pelo próprio Coelho, é possível vê-lo na porta do colegiado, alegando que foi impedido de entrar, apesar de afirmar que havia lugares vagos disponíveis. O STF rebateu e emitiu uma nota oficial alegando que Coelho não se cadastrou previamente para participar da sessão. Advogado de Filipe Martins, o desembargador Sebastião Coelho foi barrado na entrada do plenário da Primeira Turma do STF 🚨🚨🚨🚨 pic.twitter.com/EGaPuYyjam — Claudio Dantas (...