A Polícia Federal (PF) solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 28 de fevereiro de 2025, que determine às empresas Meta e X a entrega de dados relacionados a perfis utilizados pelo jornalista Allan dos Santos nas redes sociais. O pedido foi encaminhado ao gabinete de Moraes e faz parte de uma investigação sobre a divulgação de mensagens falsas envolvendo a jornalista Juliana Dal Piva, que teriam sido publicadas por Allan dos Santos.
A PF busca informações sobre a criação de uma conta no Instagram com o nome de Allan dos Santos, bem como todas as postagens realizadas entre junho de 2024 e 1º de fevereiro de 2025, tanto nessa plataforma quanto em um perfil no X. Ambos os perfis estão atualmente fora do ar, já que Moraes proibiu o jornalista de se manifestar nas redes sociais. O objetivo é identificar quem criou essas contas e rastrear as atividades realizadas, considerando que Allan dos Santos está foragido nos Estados Unidos desde 2021, após ter sua prisão preventiva decretada no âmbito do inquérito das fake news.
Allan dos Santos é alvo de dois inquéritos no STF: um sobre a disseminação de desinformação e outro sobre o financiamento de atos antidemocráticos. A solicitação da PF ocorre em um momento de tensão com as big techs, após decisões judiciais de Moraes, como a multa de R$ 8,1 milhões ao X em 20 de fevereiro de 2025 por não fornecer dados do jornalista, terem sido questionadas nos EUA. Na terça-feira, 25 de fevereiro, uma juíza da Flórida negou ordens semelhantes contra o Rumble e a Trump Media, alegando falta de trâmites legais entre Brasil e EUA.
O pedido da PF está sob análise de Moraes, que decidirá se aciona as empresas para fornecer as informações. A situação reflete o embate entre a Justiça brasileira e plataformas digitais, agravado pelo alinhamento recente de empresas como Meta e X com o governo de Donald Trump, o que pode dificultar a cooperação com as autoridades brasileiras. Até o momento, não há perspectiva clara de que os dados sejam entregues, dado o histórico de resistência das big techs a ordens de Moraes fora do Brasil.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...