Uma pesquisa realizada pela Quaest, publicada em 13 de março de 2025, revelou que 49,1% dos deputados federais avaliam o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ruim ou péssimo, enquanto 46,2% dos senadores compartilham dessa opinião. Entre os deputados, 28,2% consideram o desempenho ótimo ou bom, e 22,7% o classificam como regular, enquanto no Senado, 30,8% veem como ótimo ou bom, e 23,1% como regular.
O levantamento entrevistou 167 parlamentares entre 17 de fevereiro e 8 de março de 2025, refletindo o clima político após dois anos de governo. A margem de erro é de 5 pontos percentuais para deputados e 8,8 para senadores. Esses números indicam um desafio significativo para o governo em sua relação com o Congresso. A desaprovação expressiva no Congresso ocorre em um momento delicado para o governo Lula, que enfrenta dificuldades para avançar sua agenda legislativa em um cenário de polarização política e crise fiscal. A pesquisa Quaest destaca que o desgaste pode estar relacionado à condução da política econômica, com críticas à gestão do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e à percepção de promessas não cumpridas, como o controle da inflação, que atingiu em fevereiro de 2025 o maior patamar desde 2003 (1,31% no IPCA).
Além disso, a relação com o Congresso foi marcada por tensões, como a aprovação de uma versão diluída do pacote fiscal em dezembro de 2024. A oposição, liderada por partidos como o PL, tem capitalizado essas fragilidades. Por outro lado, o governo mantém apoio em parte da base aliada, mas enfrenta resistência até mesmo de partidos de centro.
O impacto dessa avaliação negativa pode influenciar as negociações políticas em 2025, ano crucial para o governo antes das eleições de 2026, que renovarão a Câmara e dois terços do Senado.
Com a eleição dos novos presidentes da Câmara e do Senado em fevereiro de 2025, Hugo Motta e Davi Alcolumbre, respectivamente, Lula busca reconstruir pontes com o Legislativo, considerando até um rearranjo ministerial para incluir mais partidos de centro-direita. A pesquisa Quaest sugere que a percepção negativa é mais forte entre parlamentares conservadores, que formam a maioria no Congresso desde 2015. Assim, o governo precisará articular estratégias para aprovar reformas, como a do imposto de renda, e evitar uma crise política mais profunda.
O cenário reflete um Congresso dividido, com implicações diretas para a governabilidade de Lula até o fim de seu mandato.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...