A Folha de S.Paulo, em editorial de 9 de março de 2025, criticou a conduta do ministro Alexandre de Moraes no caso do governador Ibaneis Rocha.
O jornal aponta que o afastamento de Ibaneis, em 2023, após os atos de 8 de janeiro, foi uma medida drástica e unilateral. Dois anos depois, o arquivamento do inquérito por falta de provas revelou a fragilidade das acusações iniciais.
Para a Folha, isso deveria levar Moraes a rever seus procedimentos na defesa da democracia.
O caso expõe os riscos de decisões judiciais que interferem em outros poderes sem evidências sólidas. Ibaneis Rocha foi afastado do cargo por mais de dois meses por ordem de Moraes, que alegou omissão nos atos golpistas.
O jornal destaca que a decisão foi tomada sem pedido formal de prisão ou afastamento por órgãos investigativos. Posteriormente, o referendo do STF ocorreu de forma virtual, sem debate presencial no plenário.
A Folha argumenta que medidas tão graves exigem a força do colegiado e discussões abertas.
A falta de transparência e fundamentação robusta comprometeu a legitimidade do processo. O arquivamento do inquérito, a pedido da PGR, mostrou que não havia elementos suficientes contra Ibaneis. Documentos encontrados nos celulares do governador indicaram repúdio aos ataques e pedidos de apoio à Força Nacional.
Para a Folha, isso evidencia o excesso de Moraes ao afastar um chefe do Executivo eleito.
O editorial alerta que ações arbitrárias, mesmo sob o pretexto de proteger a democracia, podem enfraquecê-la.
O jornal sugere que o STF precisa equilibrar rigor investigativo com garantias processuais. A Folha vê no caso Ibaneis um alerta para Moraes e o STF repensarem suas práticas recentes.
O jornal reconhece a importância de combater ameaças à democracia, mas critica métodos autoritários.
A decisão unilateral de Moraes, seguida de um arquivamento tardio, expôs falhas no processo.
Para o futuro, a Folha defende que o Supremo priorize decisões colegiadas e baseadas em provas concretas.
Assim, o STF poderia fortalecer as instituições sem abrir espaço para questionamentos sobre abusos de poder.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...