O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, reuniram-se nesta quarta-feira (12) após mais de um ano sem contato direto. O encontro aconteceu após decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que revogou as medidas cautelares que impediam Valdemar de se comunicar com Bolsonaro.
A chegada de Valdemar deve ser um grande reforço para Bolsonaro nos próximos dias, onde o julgamento do famigerado plano de golpe deve acontecer.
A conversa entre os dois líderes ocorreu na sede do PL e seguiu para um almoço, marcando a retomada da articulação política. Segundo Bolsonaro, as prioridades da legenda incluem a organização das candidaturas estaduais e a mobilização para aprovar o projeto de anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro. Uma reunião sobre as eleições para o Senado já está agendada para a próxima segunda-feira.
“O jogo começou a afunilar, com muitas candidaturas. Muita gente quer ir para o Senado, mas não tem vaga para todo mundo. Preciso conversar com Valdemar para definir os critérios. Em princípio, quem tem mandato estaria dentro, mas quem está queimado não vai disputar comigo sendo cabo eleitoral”, declarou Bolsonaro.
Valdemar Costa Neto ressaltou que, a partir de agora, manterá contato frequente com Bolsonaro.
“As bombas todas eu jogo na mão dele. Estava com muita saudade. Já dei um beijo nele hoje”, disse em tom descontraído.
Além de poder retomar o contato com Bolsonaro, Valdemar também recuperou bens apreendidos pela PF, incluindo quase R$ 54 mil em dinheiro vivo, relógios de luxo e celulares. Seu passaporte foi devolvido, permitindo que ele volte a viajar ao exterior após 13 meses de restrições.
A defesa de Valdemar argumentou que, por não ter sido denunciado pela PGR, não havia razão para manter as medidas cautelares.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...