Nova presidente do Superior Tribunal Militar diz se orgulhar de ser feminista Nova presidente do Superior Tribunal Militar diz se orgulhar de ser feminista Nova presidente do Superior Tribunal Militar diz se orgulhar de ser feminista Pular para o conteúdo principal

Nova presidente do Superior Tribunal Militar diz se orgulhar de ser feminista

Maria Elizabeth Rocha tomou posse como presidente do Superior Tribunal Militar (STM) nesta quarta-feira (12), destacando-se em seu discurso pela defesa da igualdade social e da inclusão. A nova presidente afirmou que sua atuação será voltada para o enfrentamento das questões relacionadas à desigualdade, com ênfase no respeito aos direitos de mulheres, negros, indígenas e a população LGBTQIAP+. “Sou feminista e me orgulho de ser mulher! Peço licença poética a Milton Nascimento e Lô Borges para dizer: ‘porque se chamavam mulheres, também se chamavam sonhos, e sonhos não envelhecem!’”, declarou a ministra em seu discurso. Ela destacou ainda a importância de garantir o respeito às diferenças e promover a integração de grupos historicamente marginalizados. “Tenho consciência de que a eliminação real e simbólica da violência, ao lado do silenciamento e da invisibilidade dos indivíduos considerados heterogêneos e, consequentemente, indesejados, não é natural, mas proveniente de um construto social. Assim, para que grupos proposital e historicamente isolados integrem a comunitas, fundamental o respeito às alteridades. Afinal, a simetria jurídica, clausulada como pétrea na Carta Política, apresenta-se como um viés da não dominação ou da não submissão, implicando numa visão crítica sobre a condição humana. Em um contexto de legitimidade, sua concretização não pode ser considerada válida se alija e menoscaba a participação daqueles em situação concreta de vulnerabilidade díspar, como é o caso das mulheres, dos afrodescendentes, dos indígenas, da população LGBTQIAP+, dos hipossuficientes, dentre outros segmentos populacionais e de classe”, afirmou. Ao final do discurso, Maria Elizabeth fez uma referência ao filme brasileiro “Ainda Estou Aqui”, vencedor do Oscar, ao usar a expressão “Vamos sorrir”. A frase foi proferida por Eunice Paiva, personagem do filme, em um momento de resistência durante a ditadura militar. “Eu finalizo parafraseando a Presidente do México, em seu discurso de posse como Chefe de Estado, Claúdia Sheinbaum: ‘não cheguei sozinha, chegamos juntas’. Porque quando sonhamos sós, só sonhamos; mas quando sonhamos juntas fazemos História! E hoje, nós mulheres, estamos fazendo! Vamos sorrir!”, concluiu. Maria Elizabeth foi eleita presidente do STM em 5 de dezembro de 2024, após uma longa trajetória na Justiça Militar. Durante o biênio 2013-2015, exerceu a vice-presidência da Corte e, em 2017, atuou como presidente interina. Natural de Belo Horizonte (MG), a ministra é bacharel em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) e possui mestrado em Ciências Jurídico-Políticas pela Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa. Além disso, é doutora em Direito Constitucional pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pós-doutora em Direito Constitucional na Universidade Clássica de Lisboa. Antes de ingressar na magistratura, foi procuradora federal, cargo conquistado após aprovação em primeiro lugar em concurso público, e atuou em diversos órgãos, como o Congresso Nacional, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a Casa Civil da Presidência da República. No STM, presidiu a Comissão de Direito Penal Militar, que foi responsável pela atualização da legislação da área, modernizando dispositivos que datam de 1969. Informações Gazeta Brasil

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