O presidente da Argentina, Javier Milei, declarou em 1º de março de 2025, durante a abertura das sessões do Congresso Nacional argentino, que o Mercosul "só enriqueceu os grandes industriais brasileiros" às custas do empobrecimento dos argentinos. Em seu discurso, ele voltou a ameaçar retirar o país do bloco econômico sul-americano, composto por Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Bolívia, caso isso seja necessário para fechar um acordo de livre-comércio com os Estados Unidos. Milei destacou que essa possibilidade representa uma "oportunidade histórica" para a Argentina.
A crítica de Milei ao Mercosul reflete uma visão que ele já vinha expressando desde a campanha presidencial em 2023, quando chamou o bloco de "união aduaneira defeituosa" e sugeriu que limitava o potencial exportador dos países membros. Ele argumentou que, desde sua criação em 1991, o Mercosul não teria cumprido o objetivo de promover o comércio regional de forma equitativa, beneficiando principalmente o Brasil, maior economia do bloco, em detrimento de nações como a Argentina.
Milei já havia sinalizado essa intenção em janeiro de 2025, durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, ao afirmar que sairia do Mercosul se fosse preciso para negociar com os EUA. Contudo, ele também indicou que busca mecanismos para realizar acordos bilaterais sem abandonar o bloco, algo que contraria as regras atuais do Mercosul, que exigem negociações comerciais conjuntas entre os membros.
A ameaça ocorre em um momento em que Milei, que assumiu a presidência rotativa do Mercosul em dezembro de 2024, tenta alinhar a Argentina economicamente com os Estados Unidos, especialmente após a posse de Donald Trump em janeiro de 2025.
Apesar do discurso duro, a saída efetiva do bloco dependeria de aprovação do Congresso argentino, onde Milei não possui maioria, tornando a concretização dessa medida um desafio político significativo.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...