Em 1º de março de 2025, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro declarou, em entrevista ao site O Antagonista, que a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra seu marido, Jair Bolsonaro, e outras 33 pessoas por uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022 seria um "pau de arara do século 21". Ela criticou a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, sugerindo que foi obtida por meio de "ameaças e práticas que mais parecem uma tortura psicológica", comparando o método ao "pau de arara", instrumento de tortura usado na ditadura militar.
Michelle afirmou que as investigações, formalizadas pela PGR em 18 de fevereiro de 2025, teriam o objetivo de desviar a atenção das dificuldades do governo Lula. Ela disse que "sempre que o governo Lula está encurralado, aparece algo relacionado ao presidente Bolsonaro", descrevendo a denúncia como um "roteiro de novela barata". A ex-primeira-dama também lamentou o que considera uma fragilidade no sistema judiciário brasileiro, apontando que os direitos fundamentais e o devido processo legal estariam sendo violados.
A denúncia da PGR acusa Bolsonaro de liderar uma organização criminosa armada para impedir a posse de Lula, incluindo crimes como golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O caso está sob análise da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que decidirá se aceita a denúncia e transforma os acusados em réus. Michelle não foi incluída na lista de denunciados, mas defendeu que as acusações contra seu marido são injustas e baseadas em provas questionáveis.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...