A frase "Nomear Gleisi só não é pior que nomear Janones", atribuída a André Marsiglia, reflete uma crítica à escolha da deputada federal Gleisi Hoffmann como ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, anunciada em 28 de fevereiro de 2025. Marsiglia, advogado e colunista conhecido por suas análises sobre liberdade de expressão e política, sugere que Gleisi, presidente do PT e figura de perfil combativo, não seria a escolha ideal para um cargo que exige articulação e conciliação com o Congresso Nacional. Ele compara a nomeação dela desfavoravelmente à possibilidade de nomear André Janones, deputado do Avante-MG, conhecido por polêmicas como acusações de rachadinha e uso de redes sociais de forma agressiva.
A nomeação de Gleisi foi oficializada após reunião com Lula na manhã de 28 de fevereiro, com posse marcada para 10 de março de 2025. A Secretaria de Relações Institucionais é responsável por negociar com parlamentares e garantir a aprovação de pautas do governo, um papel que demanda habilidade de diálogo em um Congresso fragmentado. A crítica de Marsiglia implica que Gleisi, com seu histórico de posições firmes e embates com adversários políticos, poderia dificultar essa tarefa, enquanto Janones, com sua reputação controversa, seria uma escolha ainda menos adequada.
O mercado financeiro reagiu negativamente à nomeação de Gleisi no mesmo dia, com o Ibovespa caindo 1,60% e o dólar subindo para R$ 5,91, sinalizando preocupações com a governabilidade e a relação com o Legislativo. A gestão de Alexandre Padilha, antecessor de Gleisi, já enfrentava críticas por falhas na articulação, e a troca por uma figura como ela, vista como mais ideológica do que pragmática, amplifica os temores de instabilidade política.
Marsiglia não detalhou sua declaração além do que foi publicado, mas o contexto sugere que ele vê na escolha de Gleisi um risco ao tom conciliador necessário para o cargo, colocando-a apenas um degrau acima de Janones, cuja trajetória inclui denúncias e um estilo considerado incompatível com negociações institucionais. A frase encapsula um julgamento sobre a capacidade de ambos em atender às demandas do posto, refletindo um debate mais amplo sobre as prioridades de Lula em sua equipe ministerial.
O ex-desembargador Sebastião Coelho foi detido nesta terça-feira, 25, no Supremo Tribunal Federal (STF), em flagrante delito, sob acusação de desacato e ofensas ao tribunal. A prisão foi determinada pelo presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, que também ordenou a lavratura de boletim de ocorrência. Coelho, que é advogado de Filipe Martins, ex-assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, tentou ingressar na 1ª Turma do STF para acompanhar o julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Em um vídeo gravado pelo próprio Coelho, é possível vê-lo na porta do colegiado, alegando que foi impedido de entrar, apesar de afirmar que havia lugares vagos disponíveis. O STF rebateu e emitiu uma nota oficial alegando que Coelho não se cadastrou previamente para participar da sessão. Advogado de Filipe Martins, o desembargador Sebastião Coelho foi barrado na entrada do plenário da Primeira Turma do STF 🚨🚨🚨🚨 pic.twitter.com/EGaPuYyjam — Claudio Dantas (...