Apesar da posse de Gabriel Galípolo como presidente do Banco Central em janeiro de 2025,
o governo Lula segue em conflito com a instituição. Galípolo, indicado por Lula, assumiu
o cargo com a expectativa de alinhar o BC às prioridades do governo. No entanto, as
tensões persistem, especialmente sobre política monetária e taxas de juros.
O governo anunciou medidas para estimular a economia em 2025, como liberar recursos
do FGTS e ampliar o crédito consignado. Essas ações visam aquecer a economia e
aumentar a popularidade de Lula. Porém, elas contrastam com o objetivo do BC de
controlar a inflação, que está em 4,56%, acima do teto da meta de 4,5%.
Sob Galípolo, o BC elevou a Selic para 13,25% em janeiro, visando conter pressões
inflacionárias.
A próxima reunião do Copom, em 18 e 19 de março, pode trazer novo
aumento, intensificando o embate com o governo. Setores produtivos criticam os juros
altos, que dificultam o crescimento e a geração de empregos.
Lula mantém um discurso crítico ao BC, apesar de prometer respeitar sua autonomia.
As medidas do governo, vistas como populistas, sugerem pressão por juros mais baixos.
Isso cria uma dualidade entre o discurso oficial e as ações práticas.
A relação entre
governo e BC segue marcada por desconfiança e objetivos divergentes.
Economistas alertam que o aumento do consumo pode gerar mais inflação, forçando o
BC a elevar ainda mais os juros. Felipe Vasconcellos, da Equus Capital, critica as
políticas do governo por comprometerem o controle inflacionário. Assim, o conflito
entre crescimento de curto prazo e estabilidade de longo prazo persiste.
A autonomia do BC, instituída em 2021, limita a influência direta do governo, mesmo
com a indicação de Galípolo.
As decisões do BC seguem critérios técnicos, focando na
meta de inflação, e não nas demandas do Planalto. Esse embate pode impactar a
economia em 2025, com risco de desaceleração se as políticas não se alinharem.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...