Em 6 de março de 2025, a agência Reuters informou que o Departamento de Estado dos EUA planeja fechar cerca de uma dúzia de consulados, principalmente na Europa Ocidental, como parte de um esforço de redução de custos liderado pelo governo de Donald Trump. Entre os consulados listados para possível fechamento está o escritório da embaixada em Belo Horizonte, Brasil, além de outros em cidades como Leipzig, Hamburgo e Düsseldorf, na Alemanha, e Bordeaux, Rennes, Lyon e Estrasburgo, na França.
A medida também inclui a redução de pelo menos 10% da força de trabalho diplomática global, que totaliza cerca de 70 mil funcionários, entre locais e americanos. O objetivo é alinhar a burocracia com a agenda "America First", mas os cortes podem impactar serviços como emissão de vistos e assistência a cidadãos americanos. O Departamento de Estado afirmou que está avaliando sua postura global para enfrentar desafios modernos em nome dos americanos.
A decisão de fechar consulados, incluindo o de Belo Horizonte, ainda não foi finalizada, e alguns funcionários estão tentando justificar a manutenção de suas operações, segundo fontes internas.
O consulado em Belo Horizonte, subordinado à Embaixada dos EUA em Brasília, presta serviços consulares limitados, como emissão de passaportes e assistência a cidadãos americanos, além de apoiar vistos para brasileiros na região. O fechamento de missões menores, como esse, é visto como uma economia marginal, já que representam uma fração do orçamento total do Departamento de Estado. No entanto, a medida pode dificultar o acesso a serviços consulares em Minas Gerais, obrigando brasileiros e americanos a buscar atendimento em outras cidades, como São Paulo ou Rio de Janeiro. O Departamento notificou o Congresso americano sobre os planos em 3 de março de 2025, incluindo o fechamento de uma unidade em Gaziantep, na Turquia.
A rede diplomática dos EUA no Brasil é composta pela Embaixada em Brasília e consulados em São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Porto Alegre, além de agências consulares em cidades como Fortaleza, Manaus e Salvador, e o escritório em Belo Horizonte. O possível fechamento do escritório em Belo Horizonte reflete uma estratégia mais ampla de redução de presença diplomática em locais considerados menos estratégicos, priorizando eficiência financeira e alinhamento político. Dados do site da Embaixada dos EUA no Brasil mostram que os consulados processam milhares de vistos anualmente, com São Paulo e Rio sendo os principais hubs para vistos de não-imigrantes e imigrantes, respectivamente.
A reestruturação pode sobrecarregar essas unidades maiores, especialmente em um contexto de alta demanda por vistos. Até o momento, o Departamento de Estado não detalhou como os serviços serão realocados após os fechamentos.A proposta de fechamento de consulados ocorre em um momento de transição política nos EUA, com o governo Trump buscando reduzir gastos federais e reorientar a política externa, conforme reportado pela Reuters. No Brasil, a medida pode gerar reações tanto de brasileiros que dependem de serviços consulares quanto de empresas americanas que operam na região de Belo Horizonte, um polo industrial e econômico. A embaixada em Brasília continua sendo o principal ponto de contato diplomático, mas o impacto local do fechamento ainda é incerto.
Especialistas sugerem que os cortes podem enfraquecer a presença diplomática americana em regiões estratégicas, embora o Departamento de Estado afirme que os ajustes visam otimizar recursos. O Congresso dos EUA ainda pode intervir, mas, por enquanto, os planos seguem em análise, com possíveis implementações nos próximos meses.
O ex-desembargador Sebastião Coelho foi detido nesta terça-feira, 25, no Supremo Tribunal Federal (STF), em flagrante delito, sob acusação de desacato e ofensas ao tribunal. A prisão foi determinada pelo presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, que também ordenou a lavratura de boletim de ocorrência. Coelho, que é advogado de Filipe Martins, ex-assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, tentou ingressar na 1ª Turma do STF para acompanhar o julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Em um vídeo gravado pelo próprio Coelho, é possível vê-lo na porta do colegiado, alegando que foi impedido de entrar, apesar de afirmar que havia lugares vagos disponíveis. O STF rebateu e emitiu uma nota oficial alegando que Coelho não se cadastrou previamente para participar da sessão. Advogado de Filipe Martins, o desembargador Sebastião Coelho foi barrado na entrada do plenário da Primeira Turma do STF 🚨🚨🚨🚨 pic.twitter.com/EGaPuYyjam — Claudio Dantas (...