Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, tem se manifestado publicamente sobre ações que considera direcionadas contra seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro. Ele aponta que medidas recentes, lideradas por integrantes do Partido dos Trabalhadores (PT) e pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), visam restringir a atuação de Eduardo. Tais ações incluem pedidos para apreensão de seu passaporte e investigações sobre supostas articulações internacionais. Bolsonaro interpreta isso como uma tentativa de limitar a influência política de seu filho.
Eduardo Bolsonaro, parlamentar pelo Partido Liberal (PL), é uma figura ativa na política brasileira e tem se destacado por críticas ao Judiciário e por viagens aos Estados Unidos. Essas viagens, realizadas em 2025, teriam como objetivo dialogar com políticos americanos sobre questões relacionadas ao Brasil. O PT alega que tais encontros representam um risco à soberania nacional, justificando suas ações contra ele. O envolvimento de Moraes surge no contexto de sua relatoria em inquéritos que investigam atividades ligadas ao bolsonarismo.
O ex-presidente sugere que a possível apreensão do passaporte de Eduardo teria um propósito duplo: constrangê-lo publicamente e prejudicar sua ascensão à presidência da Comissão de Relações Exteriores da Câmara.
Essa comissão é estratégica, pois delibera sobre acordos internacionais, como os firmados com a China durante o G20. Bolsonaro argumenta que a presença de Eduardo nesse cargo seria uma oportunidade para debater temas como soberania. Ele vê nisso um esforço para silenciar vozes da oposição.
Alexandre de Moraes, como ministro do STF, tem sido uma figura central em decisões judiciais que afetam aliados de Bolsonaro desde os eventos de 8 de janeiro de 2023. Sua atuação inclui a relatoria de inquéritos sobre atos antidemocráticos e supostas tentativas de golpe. No caso de Eduardo, Moraes determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre os pedidos do PT em até cinco dias, a partir de 1º de março de 2025.
Isso reflete o papel do STF como árbitro em disputas políticas de alta tensão.
O PT, por sua vez, defende que as ações de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos buscam pressionar o Judiciário brasileiro, especialmente o STF, que julgará casos envolvendo Jair Bolsonaro. Os petistas protocolaram representações no Conselho de Ética da Câmara e na PGR, acusando o deputado de tentar interferir em investigações em curso. Eles argumentam que tais movimentos atentam contra a estabilidade institucional do país. A disputa evidencia a polarização entre os grupos políticos.
Bolsonaro, em suas declarações, mantém um tom de confronto, chamando as medidas de “perseguição implacável” e sugerindo um alinhamento entre o PT, Moraes e a PGR. Ele insiste que a família está sendo alvo de uma campanha coordenada para enfraquecer sua base política. O desfecho dependerá da análise da PGR e de eventuais decisões do STF, que continuam a moldar o cenário político brasileiro. A situação segue em aberto, com forte impacto na dinâmica entre governo e oposição.
