Davi Alcolumbre (União-AP), recém-eleito presidente do Senado Federal, manifestou publicamente seu apoio ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmando que Haddad está se esforçando ao máximo para contribuir com a agenda econômica do Brasil. Alcolumbre destacou que tem uma excelente relação com o ministro e lamentou as disputas partidárias e políticas que, segundo ele, tentam desconstruir a imagem de Haddad como um homem público dedicado. Esta declaração foi feita em uma entrevista concedida após sua eleição para a presidência do Senado em fevereiro de 2025.
Durante a entrevista, Alcolumbre enfatizou a importância do trabalho de Haddad, classificando-o como um "grande quadro do governo" e mencionando que já havia conversado com ele antes da eleição para se colocar à disposição de trabalhar em conjunto, assim como fez durante a gestão de Paulo Guedes como ministro da Economia sob o governo de Jair Bolsonaro. Ele apontou que as disputas políticas são comuns, mas lamentou que estas acabem entrando em esferas que tentam deslegitimar o trabalho de servidores públicos bem-intencionados.
Alcolumbre também abordou a necessidade de focar em uma agenda que promova a pacificação do Brasil e a redução da pobreza, em vez de se envolver com pautas que não contribuem para esses objetivos.
Ele sugeriu que, se a agenda econômica é uma prioridade do governo, então o governo deve apresentar essas propostas para as lideranças partidárias, garantindo que sejam discutidas e apreciadas no Senado dentro do rito parlamentar.
A defesa de Haddad por Alcolumbre ocorre em um contexto de tensões políticas entre o governo e a oposição, onde a figura do ministro tem sido alvo de críticas e tentativas de deslegitimação. Alcolumbre, ao defender Haddad, posiciona-se não apenas como um apoiador do atual governo, mas também como um moderador que busca estabilidade e cooperação entre os poderes.
A eleição de Alcolumbre para a presidência do Senado, com 73 votos dos 81 parlamentares, reflete uma continuidade na liderança do Senado com um perfil mais conciliador, buscando equilibrar as relações entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Sua postura em relação a Haddad pode ser vista como um esforço para manter uma linha de comunicação aberta e produtiva com o governo, especialmente em temas econômicos que exigem consenso e apoio legislativo para avançar.
