Trump tem convicção de que Bolsonaro está sendo alvo da mesma perseguição que sofreu antes da volta à Casa Branca
O apoio de Donald Trump a Jair Bolsonaro não é apenas um gesto simbólico – é parte de uma estratégia mais ampla para consolidar uma frente conservadora global e combater os avanços autoritários de governos de esquerda. Ao elogiar publicamente Bolsonaro, Trump reforça a narrativa de que tanto ele quanto o ex-presidente brasileiro são vítimas de perseguição política por parte do sistema judicial e da mídia progressista.
Os paralelos entre os eventos do **Capitólio em 2021** e os **atos de 8 de janeiro em Brasília** são usados para ilustrar essa perseguição coordenada. Ambos os líderes enfrentam processos jurídicos que, segundo seus aliados, são utilizados como ferramenta para afastá-los da política e impedir o avanço de pautas conservadoras. O próprio Trump já declarou em diversas ocasiões que os processos contra ele são tentativas de silenciá-lo e evitar seu retorno ao poder – uma situação muito semelhante à de Bolsonaro no Brasil.
A aliança internacional que Trump busca fortalecer inclui líderes que compartilham uma visão crítica ao globalismo e defendem valores como soberania nacional, liberdade de expressão e o combate ao ativismo judicial.
Javier Milei, na Argentina, e **Viktor Orbán**, na Hungria, são peças fundamentais nesse movimento, que visa conter a agenda progressista em diversas regiões do mundo. Bolsonaro, por sua vez, é visto como uma peça-chave na América Latina para esse projeto conservador.
Outro aspecto importante desse apoio é o recado direto ao governo Lula e ao ministro Alexandre de Moraes. Trump já demonstrou que está acompanhando de perto as ações do STF contra Bolsonaro, e a pressão internacional aumenta com a expectativa do relatório da **Organização dos Estados Americanos (OEA)** sobre as supostas violações à liberdade de expressão e aos direitos individuais no Brasil. Se esse relatório confirmar abusos, Trump poderá intensificar as ações contra Moraes, incluindo novas medidas jurídicas e diplomáticas.
A ação judicial movida pela **Trump Media** contra Alexandre de Moraes na Justiça da Flórida é outro ponto que coloca o Brasil no centro de uma disputa global pela liberdade de expressão. A reação do governo Lula, através da **Advocacia-Geral da União (AGU)**, ao assumir a defesa de Moraes, expõe como o governo petista está diretamente envolvido na proteção de decisões que limitam a atuação de opositores e reforçam um cerco jurídico contra vozes conservadoras.
O cenário é claro: Trump está disposto a utilizar toda sua influência para defender Bolsonaro e expor os abusos do governo Lula e do STF. Se essa aliança conservadora continuar se fortalecendo, as consequências podem ser significativas não apenas para o Brasil, mas para o equilíbrio de poder em nível global.