O senador americano Rick Scott, republicano da Flórida, chamou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de "Voldemort brasileiro" e cobrou sanções contra ele em uma publicação no X em 28 de fevereiro de 2025, às 15h53 (horário de Brasília). Scott, que já havia criticado Moraes em 2024 por considerar suas ações contra plataformas como o X uma forma de censura, afirmou que o ministro é um "ditador" que ameaça a democracia no Brasil e nos Estados Unidos.
Ele pediu que o presidente Donald Trump e o futuro secretário de Estado Marco Rubio apliquem sanções da Lei Magnitsky contra Moraes por "violações de direitos humanos e ataques à liberdade de expressão".
A declaração de Scott veio no mesmo dia em que posts no X, como os de usuários
@sigaantena
e
@cordao1bilicau
, repercutiram a notícia, citando reportagens de veículos como Metrópoles e Revista Oeste. O senador também acusou Moraes de usar seu poder judicial para "destruir oponentes políticos" e "silenciar dissidentes", referindo-se a decisões como a suspensão do X no Brasil em 2024 e ordens contra o Rumble e a Trump Media & Technology Group no início de 2025. Ele destacou que tais ações afetam cidadãos americanos e empresas sediadas nos EUA, como as bloqueadas por Moraes.
A Lei Magnitsky, citada por Scott, permite aos EUA impor sanções, como congelamento de bens e proibição de entrada, a indivíduos acusados de abusos de direitos humanos ou corrupção significativa. O senador argumentou que Moraes se enquadra nesse perfil ao "censurar plataformas americanas" e "perseguir adversários", incluindo a recente denúncia contra Jair Bolsonaro por tentativa de golpe, que Scott chamou de "lawfare judicial" para interferir nas eleições de 2026.
Embora a proposta de sanções dependa de uma decisão do governo Trump, que assumiu em janeiro de 2025, a fala de Scott reflete uma escalada na pressão de parlamentares republicanos contra Moraes.
Isso ocorre em paralelo ao projeto "No Censors on Our Shores Act", aprovado pelo Comitê Judiciário da Câmara em 26 de fevereiro, que também mira o ministro. O apelido "Voldemort brasileiro" ecoa críticas anteriores de Elon Musk, que comparou Moraes ao vilão de Harry Potter em 2024, durante o embate sobre o X.
O governo brasileiro, via Itamaraty, já havia rebatido críticas americanas em 26 de fevereiro, defendendo a soberania nacional e as ações do STF como legítimas.
A provocação de Scott pode intensificar as tensões diplomáticas, mas, por ora, não há indicação de que sanções contra Moraes avancem além do discurso político. A situação segue em desenvolvimento, com a resposta do governo Trump sendo um fator determinante.
O ex-desembargador Sebastião Coelho foi detido nesta terça-feira, 25, no Supremo Tribunal Federal (STF), em flagrante delito, sob acusação de desacato e ofensas ao tribunal. A prisão foi determinada pelo presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, que também ordenou a lavratura de boletim de ocorrência. Coelho, que é advogado de Filipe Martins, ex-assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, tentou ingressar na 1ª Turma do STF para acompanhar o julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Em um vídeo gravado pelo próprio Coelho, é possível vê-lo na porta do colegiado, alegando que foi impedido de entrar, apesar de afirmar que havia lugares vagos disponíveis. O STF rebateu e emitiu uma nota oficial alegando que Coelho não se cadastrou previamente para participar da sessão. Advogado de Filipe Martins, o desembargador Sebastião Coelho foi barrado na entrada do plenário da Primeira Turma do STF 🚨🚨🚨🚨 pic.twitter.com/EGaPuYyjam — Claudio Dantas (...