O partido Podemos está expressando insatisfação com os senadores Marcos do Val (Podemos-ES) e Soraya Thronicke (Podemos-MS) devido à decisão dos dois de insistir em suas candidaturas independentes à presidência do Senado, mesmo após o partido ter anunciado apoio oficial a Davi Alcolumbre (União-AP). A eleição para a presidência do Senado ocorreu em 1º de fevereiro de 2025, e tanto Marcos do Val quanto Soraya Thronicke retiraram suas candidaturas pouco antes da votação, mas não antes de gerar um clima de tensão e descontentamento dentro do Podemos.
A irritação do Podemos com Marcos do Val e Soraya Thronicke se baseia em várias razões:
Desacordo com a Direção do Partido: Ambos os senadores foram contra a decisão da direção nacional do Podemos, que havia fechado um acordo com Alcolumbre para garantir espaço na Mesa Diretora do Senado. A insistência em candidaturas próprias foi vista como um ato de indisciplina partidária e de personalismo, desconsiderando os interesses coletivos do partido.
Perda de Oportunidades Políticas: Ao lançarem suas candidaturas, do Val e Thronicke podem ter prejudicado as negociações do Podemos para cargos importantes na Mesa Diretora, já que a divisão dos votos dentro do partido poderia enfraquecer sua influência na Casa.
Estratégia Eleitoral: A retirada tardia das candidaturas, horas antes da votação, é vista como uma estratégia que não beneficiou o partido, pois não deixou tempo suficiente para realinhar o apoio total ao candidato oficialmente apoiado pelo Podemos. Isso pode ter causado confusão entre os senadores e prejudicado a imagem de unidade do partido.
Lideranças do Podemos, incluindo a presidente nacional Renata Abreu, expressaram publicamente seu descontentamento, com alguns membros do partido sugerindo até que Marcos do Val deveria considerar uma licença de seu mandato para evitar participação na votação, o que não ocorreu.
A situação reflete as tensões internas que partidos políticos enfrentam ao tentar manter a disciplina e a coesão, especialmente em momentos decisivos como eleições para cargos internos no Congresso.
A reação do Podemos a essa situação pode ter implicações futuras para a carreira política de ambos os senadores no partido, com a possibilidade de sanções internas ou um reavaliação de seu papel dentro da legenda. Este episódio também serve como um lembrete da importância do alinhamento partidário e das dificuldades de gerenciar personalidades fortes dentro de uma estrutura política que demanda unidade para alcançar objetivos comuns.
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