Uma pesquisa recente apontou que, para 69% dos entrevistados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, em 18 de fevereiro de 2025, não altera a opinião que possuem sobre ele. A denúncia acusa Bolsonaro e outras 33 pessoas de crimes como organização criminosa e tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, sendo analisada atualmente pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
Embora o levantamento específico não tenha sido detalhado em termos de metodologia ou data exata de realização, o resultado sugere que a percepção pública sobre Bolsonaro permanece estável para uma maioria significativa, mesmo diante das acusações formais. Isso pode indicar uma polarização consolidada, em que os apoiadores do ex-presidente mantêm sua visão independentemente das ações judiciais em curso.
A denúncia da PGR, assinada pelo procurador-geral Paulo Gonet, detalha uma suposta trama para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, com base em investigações da Polícia Federal e na delação premiada de Mauro Cid.
Apesar da gravidade das imputações, que incluem penas máximas que podem ultrapassar 40 anos, o impacto na opinião dos entrevistados parece limitado para a maior parte do grupo consultado.
Bolsonaro, que foi intimado em 19 de fevereiro na sede do Partido Liberal (PL) em Brasília, tem 15 dias para apresentar sua defesa, prazo que termina no início de março. Enquanto isso, ele segue articulando sua base política, como visto em seu desafio a Lula para as eleições de 2026, feito em Recife em 24 de fevereiro, mostrando que mantém uma estratégia ativa apesar do processo judicial.
O dado de 69% reflete um cenário em que a denúncia, por ora, não abala a imagem de Bolsonaro entre a maioria dos pesquisados, sugerindo que fatores como lealdade política ou ceticismo em relação às instituições judiciais podem estar influenciando essa estabilidade. A análise da denúncia pelo STF será o próximo passo para determinar os rumos legais do caso.
O ex-desembargador Sebastião Coelho foi detido nesta terça-feira, 25, no Supremo Tribunal Federal (STF), em flagrante delito, sob acusação de desacato e ofensas ao tribunal. A prisão foi determinada pelo presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, que também ordenou a lavratura de boletim de ocorrência. Coelho, que é advogado de Filipe Martins, ex-assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, tentou ingressar na 1ª Turma do STF para acompanhar o julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Em um vídeo gravado pelo próprio Coelho, é possível vê-lo na porta do colegiado, alegando que foi impedido de entrar, apesar de afirmar que havia lugares vagos disponíveis. O STF rebateu e emitiu uma nota oficial alegando que Coelho não se cadastrou previamente para participar da sessão. Advogado de Filipe Martins, o desembargador Sebastião Coelho foi barrado na entrada do plenário da Primeira Turma do STF 🚨🚨🚨🚨 pic.twitter.com/EGaPuYyjam — Claudio Dantas (...