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No último dia: Lira escancara caos no governo Lula e expõe desequilíbrio no comando

O então presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), criticou o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, mencionando um desequilíbrio no primeiro escalão ministerial. Em uma entrevista publicada no dia 30 de janeiro de 2025, Lira afirmou que uma reforma ministerial não seria suficiente para resolver os problemas de articulação do governo, sugerindo uma "arrumação de baixo para cima". Ele destacou que o governo precisava equilibrar melhor a representação política no primeiro escalão, onde os senadores pareciam ter maior espaço do que os deputados, o que, segundo ele, não refletia a distribuição de votos no Congresso Nacional. Lira argumentou que a Câmara dos Deputados havia sido mais colaborativa com o governo Lula do que o Senado, mas que não recebia a devida representação na Esplanada dos Ministérios. Ele apontou a necessidade de uma reforma que fosse além das nomeações ministeriais, envolvendo uma reavaliação mais ampla da gestão governamental e da relação do Executivo com o Legislativo. Lira também questionou a eficácia da articulação política do governo, sugerindo que Lula precisava ser mais presente no diálogo com os líderes parlamentares para garantir apoio às suas pautas. A crítica de Lira também se estendeu à economia, onde ele defendeu a necessidade de mudanças para que o governo recuperasse popularidade. Ele insinuou que a ausência de uma agenda econômica clara e de medidas eficazes para combater a inflação e promover o emprego poderia prejudicar a imagem do governo. Lira não garantiu o apoio de seu partido ao PT nas eleições de 2026, indicando que a performance do governo Lula nas áreas econômica e política seria decisiva para essas decisões futuras. Esta declaração de Lira foi percebida como um aviso ao governo de que precisava melhorar sua articulação e representatividade no Congresso para garantir governabilidade. A crítica ao "desequilíbrio" no primeiro escalão foi interpretada por muitos como uma forma de pressionar por espaço político para aliados próximos ou para o próprio PP, que tem um papel crucial na base de apoio do governo no Congresso. As observações de Lira foram feitas em um momento de transição, já que ele deixaria o comando da Câmara após quatro anos, sendo sucedido por Hugo Motta (Republicanos-PB). A crítica ao governo Lula por Lira, um dos principais articuladores políticos do Congresso, pode ter implicações significativas na dinâmica entre os poderes Executivo e Legislativo durante o segundo biênio do governo Lula.

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