O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez um comentário em tom descontraído nesta segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025, durante uma aula magna na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). Ele disse: “Não posso nem sair do X que me deduram”, referindo-se à repercussão gerada pela desativação de sua conta na rede social X na última sexta-feira, 21 de fevereiro. O STF informou que a decisão de sair da plataforma foi pessoal e que Moraes não a utilizava desde janeiro de 2024, optando por encerrá-la.
Na aula, Moraes abordava temas como a crise da democracia e o papel das redes sociais, mas o comentário surgiu como uma brincadeira sobre a atenção que sua saída do X recebeu. Ele não detalhou motivos específicos para a desativação além da nota oficial do STF, que destacou a inatividade do perfil. A declaração reflete a visibilidade de suas ações, especialmente após decisões recentes, como a ordem para a Rumble nomear um representante legal no Brasil em 48 horas, emitida em 19 de fevereiro.
A saída de Moraes do X coincidiu com um momento de alta exposição pública, após a divulgação dos vídeos da delação de Mauro Cid e a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.
Apesar disso, ele manteve o tom leve ao tratar do assunto na USP, onde discorreu sobre como as big techs têm sido usadas para amplificar discursos extremistas, sem citar diretamente sua experiência pessoal na plataforma.
O comentário “não posso nem sair do X que me deduram” sugere que Moraes estava ciente das especulações sobre sua decisão, mas não deu sinais de que ela estivesse ligada a pressões externas ou a conflitos com a plataforma, como os enfrentados anteriormente com o X em 2024. Em vez disso, ele usou o momento para reforçar sua análise sobre os desafios da democracia no ambiente digital, tema central de sua fala aos alunos.
Essa foi uma das raras interações públicas de Moraes sobre sua presença nas redes sociais, que ele pouco utilizava. A desativação do perfil, confirmada em 21 de fevereiro, não alterou sua atuação no STF, onde segue como relator de casos sensíveis, incluindo aqueles que envolvem plataformas digitais e investigações de grande impacto político.
O ex-desembargador Sebastião Coelho foi detido nesta terça-feira, 25, no Supremo Tribunal Federal (STF), em flagrante delito, sob acusação de desacato e ofensas ao tribunal. A prisão foi determinada pelo presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, que também ordenou a lavratura de boletim de ocorrência. Coelho, que é advogado de Filipe Martins, ex-assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, tentou ingressar na 1ª Turma do STF para acompanhar o julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Em um vídeo gravado pelo próprio Coelho, é possível vê-lo na porta do colegiado, alegando que foi impedido de entrar, apesar de afirmar que havia lugares vagos disponíveis. O STF rebateu e emitiu uma nota oficial alegando que Coelho não se cadastrou previamente para participar da sessão. Advogado de Filipe Martins, o desembargador Sebastião Coelho foi barrado na entrada do plenário da Primeira Turma do STF 🚨🚨🚨🚨 pic.twitter.com/EGaPuYyjam — Claudio Dantas (...