Na sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tomou uma decisão significativa. Ele votou a favor de aceitar a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio.
O caso está sendo analisado pela Primeira Turma do STF em um julgamento virtual que se estende até o dia 28 de fevereiro. Léo Índio, primo dos filhos mais velhos de Jair Bolsonaro, é acusado de participar dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Moraes, como relator do processo, foi o primeiro a se manifestar no plenário virtual do STF. Em seu voto, ele destacou que Léo Índio esteve presente nas manifestações segundo ele antidemocráticas em Brasília.
O ministro afirmou que ele também desempenhou um papel ativo ao incentivar e colaborar com a depredação das sedes dos Três Poderes. A denúncia da PGR acusa Léo Índio de cinco crimes relacionados aos ataques de 8 de janeiro.
Entre eles estão tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e associação criminosa armada. Outras imputações incluem dano qualificado ao patrimônio da União e deterioração de bens tombados. As provas incluem postagens de Léo Índio nas redes sociais, mostrando-o no Congresso Nacional durante os atos.
A defesa de Léo Índio apresentou argumentos para contestar a denúncia e o julgamento no STF. Seus advogados alegam que não há evidências concretas de sua participação direta na destruição dos prédios públicos. Eles também questionam a competência do Supremo para julgá-lo, já que ele não possui foro privilegiado. Apesar disso, Moraes manteve que os fatos justificam a abertura de uma ação penal.
O voto de Moraes reforça a visão do STF sobre os chamados “crimes multitudinários” cometidos em 8 de janeiro. Ele argumentou que, em ações coletivas como essa, não é possível detalhar cada conduta individualmente, mas todos contribuem para o resultado. Essa interpretação tem sido usada para responsabilizar diversos envolvidos nos ataques às instituições. O julgamento ainda depende dos votos dos outros quatro ministros da Primeira Turma.
A decisão de Moraes coloca Léo Índio mais perto de responder formalmente por sua suposta atuação nos atos golpistas. Se a denúncia for aceita pela maioria, ele se tornará réu e enfrentará um processo que pode resultar em condenação. O caso reacende debates sobre os limites da liberdade de expressão e a punição a ataques contra a democracia. Enquanto isso, a polarização política no Brasil segue em evidência com mais um capítulo dessa história.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...